O presidente do KRRI (Korea Railroad Research Institute), Choi Sung-kyou, e uma delegação composta por cerca de 15 representantes do Instituto coreano visitaram a sede da ABIFER na última terça-feira (10/08). O presidente da ABIFER, Vicente Abate, e o primeiro vice-presidente da entidade, Luiz Fernando Ferrari, recepcionaram a comitiva.
O presidente do KRRI destacou seu entusiasmo com o projeto do TAV brasileiro. Segundo Choi, há uma boa demanda no trecho Rio-São Paulo-Campinas que possibilita o sucesso do empreendimento. Durante sua apresentação para os associados da ABIFER e SIMEFRE, Choi apresentou dois vídeos institucionais e comentou sobre o trem de alta velocidade que já é uma realidade na Coreia. Desde 2004, já foram transportados mais de 200 milhões de passageiros. Agora, o Instituto visa também trabalhar em projetos ferroviários de alta velocidade em outros países, como nos Estados Unidos e Brasil com a premissa da transferência de tecnologia.
Sung-kyou declarou ainda que o Korea Railroad Research Institute pesquisa a tecnologia do trem de alta velocidade e fornece os estudos para a Rotem que fica responsável pela fabricação do material ferroviário. De acordo com o executivo, a levitação magnética, que alguns defendem para o projeto brasileiro, não é aconselhável. “Essa tecnologia não é viável economicamente e nem seguro para a velocidade entre 300 a 350 km/h”, ponderou. Choi frisou que o mecanismo é indicado, apenas, para trechos com velocidade acima de 500 km/h.
O executivo salientou que a Coreia deseja desenvolver, em parceria com a indústria ferroviária brasileira, o sistema ferroviário nacional. O presidente da ABIFER, Vicente Abate, ressaltou que a entidade sempre estará à disposição da Coreia, desde que ocorra a instalação fabril das empresas coreanas no Brasil. “Essa parceria é bem vinda”, declarou Abate.
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