O presidente da concessionária Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa, deixou o cargo, informou a assessoria de comunicação da empresa na tarde desta quarta-feira (1º).
Na segunda-feira (30), a Agetransp (Agência Reguladora de Transportes Públicos) anunciou que vai multar a empresa em R$ 374 mil por não por não ter colocado em circulação os novos trens comprados da China. Segundo a assessoria do Metrô Rio, os vagões começam a chegar em dezembro deste ano.
Em nota, a assessoria do Metrô Rio divulgou que Costa pediu seu desligamento da empresa há 15 dias para assumir a presidência da AUX, empresa de mineração do Grupo EBX, do empresário Eike Batista.
À frente da presidência do Metrô Rio desde 2005, Costa viu o nome da empresa envolvido em episódios de violência, assaltos, panes e constantes reclamações.
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Caos no metrô
Os cerca de 620 mil passageiros que usam o metrô do Rio de Janeiro diariamente pagam a tarifa mais cara do Brasil, R$ 3,10 para usufruir de um serviço que ainda deixa muito a desejar, com frequentes panes, atrasos, superlotação e calor.
Em 12 de maio, assaltantes armados fizeram um arrastão na estação Estácio, na zona norte. Ao menos 15 pessoas foram roubadas. No mesmo dia, um usuário e um segurança foram esfaqueados em circunstâncias não esclarecidas.
Em outro episódio de violência, em abril deste ano, um segurança foi demitido após agredir um jardineiro que tentava embarcar na estação Botafogo, na zona sul, porque os agentes suspeitaram que ele não tinha pago a passagem.
No fim de março, as estações da zona sul do Rio ficaram fechadas por uma hora depois de uma pane.
Desde o início de 2011, a Agetransp registrou ao menos 14 ocorrências envolvendo atrasos ou interrupções na circulação dos trens.
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