O transporte do açúcar acaba de ganhar um grande reforço da Ferrovia Centro-Atlântica. A empresa está realizando a completa modernização de mil vagões utilizados para carregar o material no chamado corredor paulista – complexo que integra Estados do Sudeste e Centro-Oeste do país ao porto de Santos. A operação não significa apenas um avanço na qualidade da estrutura dos vagões, mas também um aumento de quase 40% na capacidade de transporte de açúcar pela FCA.
É a segunda vez neste ano que a empresa divulga um negócio do gênero, já fechado também para obras em outros 500 vagões. O objetivo de tudo isso é simples: quanto mais tecnologia embutida nos equipamentos, menor o tempo de parada para descarga. Transformando em números, essa operação hoje leva apenas cinco minutos – contra os 40 gastos antes da modernização. “Com uma capacidade de vazão maior às mercadorias que circulam por nossas ferrovias, garantimos um ganho significativo na agilidade dos negócios dos nossos clientes”, afirma Frederico Oliveira, gerente Comercial da Vale – Carga Geral.
De acordo com ele, o trabalho realizado nos vagões envolveu uma reestruturação completa. Em uma analogia, seria como trocar toda a carcaça do carro, restando apenas o chassi. Oliveira explica que parte dos equipamentos modernizados já está em circulação nas ferrovias e que a operação será completamente concluída até o início da safra do ano que vem, representando uma total revitalização da frota do açúcar da FCA.
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A mudança foi viabilizada por uma parceria estratégica entre a empresa ferroviária e três importantes clientes: Copersucar, Cargill e Louis Dreyfus. Essas empresas subsidiaram a reforma nos vagões, ganhando, em troca desconto no frete de suas mercadorias. “É um negócio que atende os interesses de todos os nossos clientes, aumentando a competitividade do negócio, representada por maior rapidez e qualidade no transporte da mercadoria”, diz Oliveira.
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