As composições da MRS Logística voltaram a circular pelo município de São Paulo hoje, após 12 dias de interdição da ferrovia usada pela companhia para passar pela cidade. Os trens estavam impedidos de transitar por ordem da Secretaria de Defesa Civil da Prefeitura – que alegava o possível risco de desabamento de um edifício ao lado da linha. Entretanto, agora a operação da companhia tem limitações em Minas Gerais.
O motivo da restrição de circulação no Estado mineiro são as fortes chuvas que caem sobre cerca de 60 municípios. Normalmente, a MRS transporta cerca de 350 mil toneladas de minério de ferro por dia neste período do ano, oriundo de extração em minas no Estado, mas atualmente está transportando apenas 200 mil, apurou o Valor.
Em São Paulo, a MRS estava impedida de transportar diversas cargas pelo trecho – conforme informou o Valor no dia 29. O caso mais crítico era o de minério de bauxita para a fábrica de alumínio da Votorantim Metais-CBA, que fica próxima de Sorocaba (SP).
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Depois de interditar a via, a Prefeitura contratou a empresa Desmontec por R$ 3,5 milhões para fazer a implosão do prédio ameaçado. O procedimento, no entanto, não fez com que o prédio fosse inteiramente demolido. Mesmo assim, a Prefeitura liberou a circulação de trens depois de o prefeito Gilberto Kassab (PSD) ter sido questionado pela imprensa sobre a operação.
A ferrovia pertence à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, empresa do Estado responsável pelo transporte de passageiros por trilhos de superfície. Duas linhas, que transportam em média 873 mil usuários diariamente, também foram afetadas e voltaram a circular hoje.
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