A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vai intensificar as obras para troca e modernização dos sistemas de sinalização, rede aérea e via permanente da Linha 9-Esmeralda, que liga Osasco a Grajaú. Para isso, a companhia anunciou, nesta quinta-feira (23), que irá paralisar o tráfego de trens na via nos próximos quatro domingos, a partir do dia 25/03. Depois, por mais cinco domingos, a paralisação será parcial, com circulação de trens liberada apenas no trecho entre as estações Osasco e Pinheiros.
O presidente da CPTM, Mário Bandeira, explicou que o “forte ataque” – como denominou a intensificação nas obras – será feito para agilizar o cumprimento dos contratos e finalizar a troca dos equipamentos, já que, até então, as empresas tinham apenas um período de 3 horas por dia, na madrugada, para realizar intervenções. “Sabemos que isso vai gerar desconforto, mas não tem como fazer diferente. Se não for assim, vai demorar anos”, ressaltou. A troca de 1000 postes da rede aérea, por exemplo, poderá ser finalizada nos quatro domingos de total parada dos trens. Com as intervenções noturnas, o ritmo de troca era de três a quatro postes por noite.
Para compensar a paralisação, que afetará cerca de 100 mil passageiros que utilizam a linha aos domingos, a CPTM acionará o PAESE (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), colocando 40 ônibus gratuitos, normais e biarticulados, para circular no trecho desativado. Os ônibus farão rotas as entre Grajaú e Osasco, Santo Amaro e Pinheiros, e Pinheiros à estação Leopoldina. A ciclovia Rio Pinheiros, que recebe cerca de 6 mil ciclistas aos domingos, também será desativada no período.
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Ao todo, estão sendo investidos R$ 307 milhões na modernização da Linha 9-Esmeralda, sendo R$ 55 milhões apenas nesta etapa de troca dos sistemas.
Problemas na linha
Bandeira explicou que a intervenção na Linha 9-Esmeralda tem como objetivo aumentar a confiabilidade e regularidade da malha, e que não tem relação direta com as seguidos problemas que a linha registrou em 2012 – até agora, foram 5 ocorrências notáveis, ou seja, que geraram algum tipo de transtorno ao usuário. “Essa paralisação já estava prevista para os próximos 30 ou 40 dias”, disse. O presidente reforçou, entretanto, que a modernização do sistema não assegura o fim dos problemas na via. “Não existem sistemas sem falhas. Mas temos que ter um parâmetro”.
A empresa também afirmou que esse tipo de intervenção, com paralisação temporária do tráfego de trens, deverá ser feito nas outras linhas do sistema. Mas, nesses casos, a execução deverá ser mais delicada, já que a CPTM compartilha as vias com os trens de cargas. “Teremos que conversar com a ALL e a MRS para ver como compensar os dias em que a via ficará paralisada”, ressaltou o presidente.
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