O fim do período de operação em horário reduzido nas novas estações da Trensurb em São Leopoldo e Novo Hamburgo teve impacto direto no bolso dos usuários. No primeiro dia de venda de bilhetes, moradores de Novo Hamburgo que trabalham em outras cidades da Região Metropolitana trocaram o carro e o ônibus pelo novo meio de transporte.
Economia e menos tempo de viagem fizeram com que muitos desses passageiros estivessem contando os dias para o fim da operação experimental, na qual a Trensurb operou por 42 dias nos terminais Rio dos Sinos e Santo Afonso somente a partir das 10h. Poder utilizar o trem para ir para o trabalho era o que o taxista Pedro Godói, 46 anos, esperava.
– Eu ia todos os dias com o meu carro até Porto Alegre. Gastava R$ 18 em combustível, mais R$ 5 em estacionamento e perdia muito tempo nos congestionamentos. Estava ansioso para poder fazer a troca – afirma.
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Godói e os cerca de seis mil novos usuários que as duas estações devem atrair, puderam, desde às 5h de ontem, seguir do Vale do Sinos até a Capital pagando R$ 1,70 em uma viagem de 46 minutos.
A estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é de que pelo menos 20% dos novos usuários do trem fariam a viagem de carro. Neste primeiro momento, seriam 1,2 mil carros a menos na rodovia Novo Hamburgo-Porto Alegre (BR-116).
– Nossas análises mostram que a grande maioria dos carros que se deslocam entre a Capital e o Vale do Sinos seguem com uma, ou no máximo, duas pessoas. Se parte desses motoristas optar pelo trem, teremos uma melhora perceptível – afirma o chefe da 1ª delegacia da PRF, Paulo Roberto da Silva Rodrigues Júnior.
Na madrugada de ontem, a procura começou baixa nos novos terminais. O primeiro trem partiu da estação Santo Afonso às 5h11min levando oito passageiros. Perto das 8h, no entanto, as plataformas ficaram lotadas.
Fonte: Zero Hora
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