A Ternium realizou durante o quarto trimestre de 2012 uma baixa contábil de US$ 275,3 milhões na participação acionária que detém na Usiminas, mostra balanço publicado ontem pela siderúrgica argentina. Com a redução, a empresa acabou apresentando um prejuízo líquido de US$ 275 milhões no período, sendo que um ano antes divulgou lucro de US$ 136,4 milhões.
De outubro a dezembro, o resultado antes de juros e impostos da Ternium ficou em US$ 122,7 milhões, o que já representaria uma queda frente ao mesmo período de 2011, em 55%. Mas a cifra se tornou negativa na linha final do balanço por conta do “impairment” que o grupo possui na Usiminas, mais US$ 69,8 milhões de perdas por conta do resultado da brasileira registrado por equivalência patrimonial.
Segundo a companhia, que é a maior acionista (17%) das quatro empresas do grupo na Usiminas, a decisão de realizar a baixa contábil se deu por conta da redução nas estimativas para o mercado de aço no Brasil e das incertezas quanto à evolução dos preços do minério de ferro, insumo que tem forte peso na estrutura de custos da companhia – o que afetará, segundo a Ternium, seu fluxo de caixa operacional. Apesar dessas projeções menores, a ação ordinária da Usiminas acabou subindo 17,6% durante o quarto trimestre.
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A Ternium ressalta que no último trimestre seu desempenho também foi pior fora do Brasil. A receita líquida recuou 5,9% em 12 meses, chegando a US$ 2,07 bilhões, nos últimos três meses de 2012. O faturamento caiu em quase todos os mercados de atuação.
Os custos de produtos vendidos ficaram praticamente em linha com o apresentado no último trimestre de 2011, atingindo US$ 1,73 bilhão. Assim, o lucro bruto atingiu US$ 339,3 milhões, uma baixa de 27,5% na mesma comparação. As despesas operacionais também ficaram praticamente estáveis ano a ano, em US$ 197 milhões.
No acumulado do ano passado, a Ternium teve lucro líquido 71% menor do que em 2011. Fechou com US$ 187,2 milhões, também influenciado por Usiminas.
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