O Metrô de São Paulo completa 40 anos de operação neste domingo. Confira curiosidades:
1. Antes de inaugurar. A primeira vez que um trem trafegou pelo subterrâneo paulistano foi dois anos antes, em 6 de setembro de 1972. Era um teste. A máquina havia chegado a São Paulo poucos dias antes, em 20 de agosto. Coube a Antonio Aparecido Lazarini, então com 20 anos e um dos primeiros funcionários da companhia, a honra de ser o operador do pequeno trajeto de 400 metros, do pátio até a Estação Jabaquara – cerca de 2 minutos. No veículo, aproximadamente 10 passageiros, entre chefes e funcionários.
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2. Ideia antiga. Em 1927, na São Paulo orgulhosa da riqueza do café e dos casarões da Avenida Paulista, ventilou-se pela primeira vez a necessidade de transporte subterrâneo sobre trilhos. “Como único meio de eliminar o congestionamento do Triângulo (região central da cidade), recomendamos que se dê início a um sistema subterrâneo e de linha em planos diferentes para ser propriedade da cidade e pago por um pequeno incremento nas passagens, devendo a própria seção ser uma estação subterrânea no Largo da Sé e uma linha em direção leste”, escreveu o Estado em 2 de setembro daquele ano.
3. A empresa. Em 24 de abril de 1968 foi formada oficialmente a Companhia do Metropolitano de São Paulo. “Inicia-se hoje uma empresa destinada a ombrear-se, dentro de pouco tempo, com as maiores da América Latina”, discursou, na ocasião, o prefeito Faria Lima.
4. Design de ponta. Os arquitetos e professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) João Carlos Cauduro e Ludovico Martino fundaram, em 1964, o escritório Cauduro Martino. Em 1967, a empresa desenvolveu o projeto que norteou a identidade visual do Metrô, da marca até as sinalizações das estações.
5. Museu. Há muita arte no subterrâneo paulistano. Desde 1978, o Metrô tem obras de artistas renomados em suas estações, expostas ao público. O projeto começou com a instalação de três trabalhos na Estação Sé: um mural de Renina Katz e duas esculturas, uma de Alfredo Ceschiatti, outra de Marcelo Nitsche. Hoje são 91 obras espalhadas pela rede, a mais recente é a escultura O Descanso da Sala, de José Spaniol, colocada neste ano na Estação Alto do Ipiranga.
6. Primeirona. A primeira estação a ser construída foi a Jabaquara, cuja inauguração ocorreu há 40 anos. Ela é o marco zero do metrô paulistano.
7. Última. Já a mais recentes é a Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás. Foi inaugurada em 12 de fevereiro, em horários limitados. Passou a operar de forma plena no dia 4 de agosto.
8. Coming soon. A próxima estação que deve ser inaugurada, de acordo com a companhia, é a Fradique Coutinho, da Linha 4-Amarela. Deve começar a funcionar ainda neste ano.
9. Muita gente. A estação mais movimentada é a Sé, no centro, ponto de intersecção entre as Linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Recebe, diariamente, 603 mil pessoas, considerando apenas dias úteis.
10. Pouca gente. Por outro lado, sossego tem quem usa a Estação Chácara Klabin, da Linha 2-Verde. Por ali circulam 13 mil pessoas por dia.
11. Integração. Foi só a partir de 27 de maio de 2000 que o passageiro que precisa usar trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) passou a ter gratuidade de um sistema para outro, nas estações em que eles se encontram. Atualmente, são oito estações que têm intersecções: Luz (Linha 1-Azul), Tamanduateí (Linha 2-Verde), Pinheiros (Linha 4-Amarela), Santo Amaro (Linha 5-Lilás) e Corinthians-Itaquera, Tatuapé, Brás e Palmeiras-Barra Funda (Linha 3-vermelha).
12. Pequeníssimo. Quando começou a operar, o Metrô circulava apenas por 6,4 km, entre as Estações Jabaquara e Vila Mariana. No início, o transporte era oferecido somente de segunda a sexta, das 9h às 13h.
13. Para poucos. Em 1974, a companhia registrou média diária de apenas 2.858 passageiros.
14. Velhinho na ativa. O primeiro trem do Metrô de São Paulo foi o A33, produzido pelo Consórcio Budd/Mafersa. Ele ainda está em operação.
15. Preço da passagem. Em 1974, o bilhete do Metrô custava Cr$ 1,50.
16. Frota. Em 1974, o Metrô tinha 25 trens. Atualmente, a frota é composta por 164 trens.
17. Equipe inicial. Quando iniciou as operações, o Metrô tinha 3 mil funcionários administrativos e 7 mil operários.
18. Equipe atual. O número se mantém praticamente igual. A companhia conta com 9.579 empregados.
19. Uniformes. Estilosos, os primeiros uniformes do Metrô traziam a composição vinho e bege, seguindo a moda dos anos 1970. A calça vinho tinha “boca larga”. A camisa, bege, era bem justa e tinha os colarinhos longos. Foi o uniforme oficial da companhia de 1974 a 1989.
20. Rapidez. Se o paulistano de 1974 decidisse percorrer a totalidade da linha do Metrô, gastaria apenas 12 minutos.
21. Na mão. Poucos passageiros, poucas estações, apenas uma linha. Assim era o trabalho do controlador de Metrô em 1974. A operação era manual. Os profissionais usavam uma lousa de metal com o sistema dos trens e imãs, representando os veículos, para controlar todo o movimento da linha.
22. Na madrugada. É depois da meia-noite que o trabalho de conservação e manutenção do Metrô é realizado. Nas pouco mais de 4 horas em que o Metrô fica sem operar, trens, equipamentos e instalações do sistema são inspecionados preventivamente por uma equipe de funcionários. “Caso seja detectada alguma peça com desgaste ou fora dos padrões de segurança, o Metrô realiza a substituição”, informa a companhia.
23. Equipamentos. A operação é dividida em duas categorias: material rodante (trens) e equipamentos fixos (túneis e vias). Pontos estratégicos das linhas contam com bases de manutenção. Isso facilita o deslocamento das equipes para os chamados “equipamentos fixos”. Os trens são deslocados para pátios de manutenção, que têm estruturas específicas para serem analisados, como valas, pontes rolantes e linhas de teste.
24. Pátios de manutenção. São três: Jabaquara, Itaquera e Capão Redondo. Eles abrigam a administração geral da manutenção e neles se desenvolvem atividades como manutenção preventiva e corretiva dos trens; reparo de equipamentos em oficinas mecânicas, elétricas e eletrônicas; recebimento, inspeção e armazenagem de materiais em almoxarifados.
25. Nos trilhos. De acordo com a necessidade, o Metrô pode substituir até 450 metros de trilhos em uma noite. A média mensal de substituição é de 700 metros, considerando as quatro linhas operadas pela companhia (1, 2, 3 e 5).
26. Controle. Em revezamento 24 horas por dia, 137 operadores e 10 supervisores atuam no Centro de Controle. A eles cabe gerir o tráfego das cinco linhas e do monotrilho, mesmo durante a madrugada, quando não há operação comercial.
27. Hora do banho. Entre as estações com os trens em funcionamento há uma faxina rápida ao longo do dia. São 42 funcionários que, em rodízio, realizam essa operação, munidos de vassouras e pás e, em caso de algum resíduo líquido, papel e toalha. Cada trem é limpo dez vezes por dia. Mas a hora do banho dos trens ocorre na madrugada, quando não há operação comercial. Os três pátios se convertem em verdadeiros lava-rápidos. Devagar, a uma velocidade máxima de 5 km/h, o veículo passa três vezes, ida e volta, por máquina semelhante a um lava-rápido de carros. Em 20 minutos, está limpo. A engenhoca é econômica: dez litros de detergente e mil litros de água são suficientes para a lavagem de oito trens. Em seguida, entram em ação os funcionários: com os trens estacionados lado a lado, os faxineiros são divididos em equipes de três integrantes. Cada uma limpa seis vagões por noite, equivalente a um trem inteiro. Primeiro varre-se o chão, depois tira-se o pó com o pano.
28. Xô, ratos. Em 1975, o Metrô ficou paralisado por horas por culpa de ratos. Os bichos comeram um cabo elétrico. Depois disso, a companhia passou a investir em uma megaoperação co
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