A americana Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores empresas de agronegócios do mundo, realizou na tarde de ontem o evento que marcou o início das operações do novo terminal de exportação da empresa, em Barcarena, no Estado do Pará. O primeiro navio carregado com soja partiu do terminal em 18 de agosto. Nos próximos dias, o terceiro navio deve ser carregado no terminal.
Adquirido em 2012, o Terminal de Ponta da Montanha, como é chamada a unidade, tem capacidade para movimentar 1,5 milhão de toneladas de grãos por ano nesta primeira fase. A ADM só conseguiu a licença para exportar a partir do terminal no dia 31 de julho.
Em 2016, essa capacidade deverá somar 6 milhões de toneladas, segundo a empresa. No total, os investimentos na unidade devem se aproximar de US$ 300 milhões. Atualmente, a ADM movimenta cerca de 15 milhões de toneladas no Brasil, destinadas aos mercados interno e externo.
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“Esse era um projeto muito aguardado pela empresa. Estamos mais próximos de alguns dos principais destinos das nossas exportações, como Europa e Ásia”, disse o presidente global de oleaginosas da ADM, Matt Jansen, que participou da cerimônia ontem, no Pará. Também presente, o presidente da ADM na América do Sul, Valmor Schaffer, observou que “a localização de Barcarena diminui o tempo da operação de escoamento, com redução de até 34% nos custos de frete para as exportações”. Essa é a diminuição em relação ao custo para escoar o grão produzido em Lucas do Rio Verde (MT) até Miritituba (PA) utilizando-se rodovias.
De acordo com Schaffer, o terminal de Barcarena conta com acesso por meio rodovias e hidrovias e, futuramente, também por meio de ferrovias. Assim, a ADM poderá fazer novos investimentos para exportar grãos a partir de Barcarena. Isso depende, porém, do ritmo de conclusão das obras da ferrovia, ressalvou o executivo.
Também no futuro, o escoamento de grãos a partir de Barcarena poderá se beneficiar da ampliação do canal do Panamá, disse Jansen. Segundo ele, essa ampliação poderia resultar em uma redução de custo entre 15% e 20% para toda a soja que for escoada pelo Pará.
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