Gigante CCCC vai construir terminal portuário em SC

A China Communications Construction Company (CCCC), a maior
empresa de infraestrutura da China, fecha mais um negócio no setor portuário
brasileiro. O conglomerado assinou no sábado, na presença do presidente Michel Temer,
em Pequim, um memorando de entendimentos com o Fundo de Investimentos em
Participações em Infraestrutura Anessa para construção conjunta do Terminal
Graneleiro da Babitonga, um projeto privado em São Francisco do Sul (SC).O TGB
tem hoje como controladores o FIP Anessa, de investidores de Santa Catarina,
com 80%, e a gigante chinesa de alimentos Cofco com os demais 20%. O valor do
investimento para construir o porto é de R$ 1,6 bilhão.

A CCCC é controlada pelo governo chinês e com ações
negociadas nas Bolsas de Xangai e Hong Kong. O memorando de entendimento
estabelece um cronograma para ”due diligence que culminará com a assinatura do
contrato de compra de parte do TGB até o fim de dezembro deste ano. O objetivo
da CCCC é adquirir o controle do TGB e iniciar suas obras imediatamente.

Além de construir, a CCCC opera ativos em outros países. No
fim do ano passado tinha US$ 150 bilhões investidos em concessões de
infraestrutura de transportes, entre empreendimentos prontos e os ainda em
construção.

A capacidade de movimentação de carga do TGB está projeta em
14 milhões de toneladas por ano.

Com área total de 601 mil metros quadrados, terá pier para
atracação de navios com 316,8 metros de comprimento, 14 metros de calado e três
linhas ferroviárias com 2 mil metros de extensão. O porto terá um silo para
açúcar com capacidade de estocagem de 1 milhão de toneladas, três silos para
grãos com capacidade estática para 250 mil toneladas cada, três sistemas de
esteiras com oferta de expedição de 4 mil toneladas por hora, três carregadores
de navios (“shiploaders”) com capacidade de 4 mil toneladas por hora,
entre outros.

O TGB ficará na parte insular de São Francisco do Sul, a
aproximadamente a 2 quilômetros da BR-280 e a três quilômetros da linha férrea
operada pela Rumo.

Este é o segundo negócio portuário da CCCC no Brasil. No ano
passado, o grupo fechou com a brasileira WPR Participações, ligada à WTorre, um
negócio para assumir participação no projeto portuário multicargas do terminal
de São Luís, no Maranhão – também um projeto greenfield.

O projeto será desenvolvido em uma área de 2 milhões de
metros quadrados, com acesso direto à BR-135 (que liga o Maranhão a Minas
Gerais) e às ferrovias Carajás e Transnordestina. Terá capacidade anual para
movimentar 24,8 milhões de toneladas.

Também na missão da China, a CCCC e a WPR assinaram o
financiamento com o Banco Industrial e Comercial da China. O valor do
investimento no porto maranhense é de R$ 2,2 bilhões.

A CCCC tem como assessor financeiro no Brasil o Banco Modal.

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