Em pouco
tempo, anunciantes da Linha 4-Amarela do metrô de São Paulo vão saber quando os
usuários prestaram atenção em uma publicidade e até mesmo se gostaram ou não da
propaganda.
A concessionária
divulgou nesta semana que “portas interativas” serão instaladas nas áreas de
embarque e desembarque das linhas Luz, Paulista e Pinheiros.
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O novo
recurso terá câmeras que podem identificar as expressões dos usuários e captar
a audiência em tempo real para mensurar resultados.
A tecnologia
permitirá reconhecimento facial, visando analisar a reação dos usuários frente
ao conteúdo exibido. Um estudo das emoções do passageiro, a partir de
expressões faciais, será realizado, aproveitado pela própria concessionária e
repassado para anunciantes.
Contudo, em
tempos onde a privacidade e a utilização de dados pessoais por empresas com
interesses escusos estão em xeque, como no caso Facebook e Cambridge Analytica,
ser observado todos os dias por empresas diferentes pode ser um incômodo para
muitos.
Mas segundo
o advogado Renato Opice Blum, coordenador do curso de direito digital do
Insper, em São Paulo, não existe ilegalidade no registro de audiência da
publicidade exibida no metrô. “Aparentemente ninguém será identificado nem terá
seus dados vinculados ao anúncios. Esse tipo de tecnologia já é usado em
espaços públicos do mundo inteiro e pode ser utilizado para melhorar o
serviço”, afirma.
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