Construir
mais de 4.000 km de ferrovias e duplicar mais de 7.000 km de rodovias. Essas
são algumas das intervenções necessárias para garantir que a região Nordeste
disponha de um sistema de transporte e logística moderno e eficiente. Segundo o
Plano CNT de Transporte e Logística, divulgado na segunda-feira (27) pela
Confederação Nacional do Transporte, o Nordeste precisa de R$ 257,8 bilhões de
investimentos distribuídos em 675 projetos de transporte de integração nacional
e urbanos.
Dentre os
projetos previstos pela CNT para o Nordeste, estão intervenções na BR-101 (AL,
BA e SE), na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (BA), no Aeroporto de Maceió
(AL), no Porto de Itaqui (MA), no Porto de Suape (PE), no Sistema Hidroviário
do Parnaíba (PI e MA), além da construção de terminal intermodal de cargas em
Teresina (PI) e de corredores transversais em Salvador (BA).
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Ao todo, o
Plano CNT de Transporte e Logística aponta que o Brasil precisa investir R$ 1,7
trilhão em 2.663 projetos de infraestrutura necessários para solucionar os
problemas atuais e modernizar o setor de transporte brasileiro.
Apelidada de
Translitorânea, a BR-101 corta o Brasil de forma longitudinal, do Nordeste ao
Sul, e é a rodovia mais extensa do país, passando por 12 estados – seis no
Nordeste. O Plano prevê R$ 14,5 bilhões em investimentos para a BR, somente na
região, e destaca a duplicação dos trechos de 941,3 km entre Rio Real (BA) e
Mucuri (BA); de 254,7 km entre Porto Real do Colégio (AL) e Novo Lino (AL); e
de 77,4 km de Propriá (SE) a Laranjeiras (SE).
Outra
intervenção de destaque é a construção de 1.131,4 km da Ferrovia de Integração
Oeste-Leste, conhecida como Fiol. A linha férrea foi projetada para ligar
Figueirópolis (TO) a Ilhéus (BA), mas é um dos casos mais emblemáticos de obras
ferroviárias atrasadas no país. Algumas intervenções chegaram a ser iniciadas,
mas não possuem previsão de conclusão. A CNT sugere a construção do trecho de
1.022 km entre Ilhéus (BA) e Barreiras (BA), com investimentos de quase R$ 5
bilhões, e do trecho de 109,4 km, de Barreiras (BA) a Luís Eduardo Magalhães
(BA), orçado em pouco mais de R$ 1 bilhão.
“Algumas
obras essenciais para o Nordeste sequer começaram a ser construídas. Outras se
arrastam há anos. A Fiol, por exemplo, poderia alavancar a exportação de
minérios e grãos. Outros sistemas de transporte, como o aéreo e o portuário,
também não fazem parte das prioridades do poder público para a região. O
transporte do Nordeste necessita de mais atenção para que faça jus a todo o seu
potencial”, considera Bruno Batista, diretor-executivo da CNT.
PLANO CNT DE
TRANSPORTE E LOGÍSTICA
O que é?
É um amplo
levantamento dos projetos de infraestrutura necessários para solucionar os
problemas atuais e modernizar o setor de transporte brasileiro.
Quais os
objetivos dos projetos?
Ampliar a
disponibilidade e melhorar a qualidade da infraestrutura de transporte,
aumentar a eficiência logística e criar infraestrutura multimodal de modo a
reduzir custos.
Como se dá o
levantamento dos projetos?
Por meio de
um vasto levantamento de demandas locais, estaduais e nacionais para o setor de
transporte. Também foram incluídas intervenções baseadas nas pesquisas e nos
estudos elaborados pela Confederação, propostas das afiliadas da CNT, programas
de grande abrangência para o país, além de planos diretores ou de mobilidade de
alguns municípios.
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