País terá peso maior no mercado global

Com todas as projeções apontando para uma nova colheita
recorde de soja, uma expressiva recuperação da produção de milho e mais um
forte avanço da oferta de algodão, o Brasil tende a manter e até aumentar,
nesta safra 2018/19, seu protagonismo no mercado mundial das três commodities.

Levantamento divulgado também ontem pelo Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou que, no que tange à soja, a
liderança brasileira nos embarques globais tende a ser mantida. Segundo o órgão
americano, que projetou a colheita do Brasil em 122 milhões de toneladas na
safra 2018/19 – acima do volume previsto pela Conab (ver matéria Clima
impulsiona a produção de grãos) -, os embarques do país deverão alcançar a
marca recorde de 81 milhões de toneladas, 6,3% mais que no ciclo 2017/18.

A sucessão de recordes é diretamente influenciada pelas
disputas comerciais entre EUA e China, que mantêm mais fraca a demanda do país
asiático pelo grão americano. Para os EUA, que lideram a colheita mundial
(125,2 milhões de toneladas em 2018/19), o USDA projetou as exportações de soja
em grão em 51,2 milhões de toneladas, 10,9% a menos que no ciclo passado.

No caso do milho, a recuperação da produção brasileira
poderá gerar exportações de 29 milhões de toneladas na safra 2018/19, 23,4%
mais que em 2017/18, quando a colheita do país foi prejudicada por adversidades
climáticas. Se confirmado esse volume, o Brasil voltará a ocupar a segunda
posição entre os maiores exportadores, atrás apenas dos EUA, que deverão
produzir 371,5 milhões de toneladas e exportar 62,2 milhões.

Se para soja e milho a expectativa é de manutenção do peso
do Brasil no tabuleiro mundial, no caso do algodão o cenário aponta para um
protagonismo poucas vezes visto. Segundo o USDA, a partir de uma colheita
recorde de 2,4 milhões de toneladas as exportações brasileiras poderão atingir
1,3 milhão de toneladas.

Se confirmado esse volume, também o maior da história, o
Brasil também ficará atrás apenas dos EUA nas exportações de algodão, que
também têm como maior cliente no exterior a China. Conforme o USDA, os
embarques americanos deverão chegar a quase 3,3 milhões de toneladas.

  

Leia Mais: Brasil deve registrar safra recorde de grãos no
ano que vem, projeta Conab

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