O
sistema de transporte sobre trilhos apresentou alta de 53% no número de viagens
diárias na Grande São Paulo entre 2007 e 2017, segundo dados da Pesquisa Origem
Destino (OD) apresentados ontem (quarta, dia 12). Segundo o gerente de
Planejamento, Integração e Viabilidade do Transporte Metropolitano, Luiz
Antonio Cortez Ferreira, a alta está coerente com o esforço de expansão da rede
ao longo destes dez anos.
As
viagens diárias feitas utilizando metrô e trem como modo principal chegaram a
3,4 milhões e 1,3 milhão, respectivamente, em 2017. Na apuração de 2007, eram
2,2 milhões de viagens diárias de metrô e 800 mil nos trens (crescimento de 55%
em ambos). No mesmo período, os ônibus apresentaram queda de 5%, de 9 milhões
de viagens/dia para 8,6 milhões em 2017.
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“Desde
que o sistema Metrô/CPTM foi integrado de forma tarfiária e depois, com o
passar dos anos, com a melhoria radical dos serviços da CPTM, nós passamos a
ter uma rede de mais de 300 km de metrô e trens urbanos. Temos que considerar
uma rede única, porque de fato é isso”.
O
gerente destacou ainda como “façanha” o fato de as viagens motorizadas via
transporte coletivo estarem com desempenho estável e à frente das viagens
individuais (54,5% contra 45,8%). Apesar de ter crescido [a alta em relação às
viagens individuais foi de 15% no período, representando 12,9 milhões de
viagens/dia], a alta poderia ter sido maior visto que o crescimento das viagens
via automóvel é uma tendência mundial, explicou Ferreira.
Os
serviços apelidos de “táxi não convencional” – viagens requisitadas via
aplicativos de transporte – foram levantados na pesquisa domiciliar pela
primeira vez nesta edição, por se tratar de um novo meio de transporte. Eles
promoveram 362,4 mil viagens/dia ou 76% das viagens feitas apenas por táxis,
que tiveram no geral alta de 424%. De acordo com Ferreira, eles não são
concorrentes do Metrô SP e da CPTM, pelo contrário. “É uma rede complementar e
que torna o nosso sistema atrativo para os usuários do automóvel”, declarou
ele.
A
expectativa para os próximos anos, segundo o gerente, é passar dos 100 km de
metrô e de cerca de 400 km ou 500 km na rede estrutural de
transportes metropolitanos.
A
pesquisa Oridem Destino, feita a cada dez anos pelo Metrô desde 1967, está em
sua sexta edição. Foram 2.400 pessoas envolvidas nos trabalhos de pesquisa. No
total, foram realizadas 156 mil entrevistas e 160 instituições estiveram
envolvidas no trabalho.
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aplicativos nos deslocamentos em SP
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