O governo do Distrito Federal estendeu por mais 60 dias, até o final de abril, o prazo para iniciar os testes com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) entre Brasília e Valparaíso (GO). A previsão era de que as primeiras viagens fossem feitas ainda em março.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) explicou, nesta terça-feira (26), que o prazo foi prorrogado por falta de dinheiro.
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No projeto inicial, o governo federal iria bancar todo o custo dos testes, mas, segundo o chefe do Buriti, o valor não foi repassado. Com a mudança, o GDF terá que desembolsar R$ 400 mil.
“Ele [governo federal] não queria entrar com o valor de R$ 3,4 milhões, então o governo do Distrito Federal vai aportar esses R$ 400 mil para facilitar a operação do projeto durante esses seis meses de estudo”, afirmou Ibaneis.
“Acho que em um prazo máximo de 60 dias nós teremos todos esses convênios assinados e a operação entra efetivamente em funcionamento.”
Como vai funcionar
Quando começar a fase de testes com passageiros, o VLT deverá fazer até duas viagens de 45 km por dia, cada uma com capacidade para 600 pessoas. Pela manhã, o trem sairá de Valparaíso rumo à Rodoferroviária de Brasília, e à tarde fará o caminho inverso.
O volume de passageiros transportados nesta primeira fase corresponde a 0,75% da demanda estimada da região. Segundo o governo, 80 mil pessoas se deslocam diariamente entre Brasília e o Entorno Sul (Cidade Ocidental, Jardim Ingá e Luziânia e Valparaíso).
O projeto tocado pela Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana do DF estima que a viagem será feita em aproximadamente 1h30.
Até a publicação desta reportagem, o governo ainda não tinha definido o valor da passagem, mas apontou que deve ser de 20% a 30% mais barata do que o valor cobrado hoje nos ônibus.
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