O governo de São Paulo reduziu seus investimentos no Metrô e na CPTM nos últimos anos, de acordo com a pesquisa Origem e Destino, realizada pelo Metrô de São Paulo. Os dados apontam que desde 2014 os valores investidos pelo governo no transporte metropolitano caíram.
No Metrô, por exemplo, foram R$ 4 bilhões investidos em 2014 e apenas R$ 1,4 bilhão em 2017. Na CPTM, os valores passaram de R$ 1,1 bilhão em 2014 para 1 bilhão em 2017.
A pesquisa tem o objetivo de ajudar o governo do estado de São Paulo a planejar o crescimento da rede de transporte metropolitano. Os dados mostram que entre 2007 e 2017 foram investidos cerca de R$ 45 bilhões para que fossem construídos 28,4 quilômetros de Metrô e 16,4 km de CPTM. Os recursos são utilizados na manutenção, modernização e expansão do transporte metropolitano.
Apesar do investimento, algumas obras espalhadas pela capital ainda estão atrasadas, como por exemplo, a linha 15-Prata do monotrilho prometida para 2012. Ela deveria custar R$ 5 bilhões do governo e ligar a estação Ipiranga da CPTM ao Hospital da Cidade Tiradentes, no entanto, com aproximadamente o mesmo valor, o governo vai entregar apenas metade do planejado. A linha 15-prata do monotrilho deve ligar a Vila Prudente a região de São Mateus.
Outra linha que ficará menor que o previsto é a Linha 17- Ouro, que está sendo construída na Zona Sul da capital paulista. O governo de São Paulo já gastou R$ 2 bilhões para construir o trecho que ainda não tem previsão para ficar pronto. Outra obra atrasada é o prolongamento da linha Esmeralda até Varginha, o trecho deveria ter sido entregue há 4 anos. A previsão é a de que ele custaria aos cofres públicos R$ 350 milhões, porém, a obra ainda não foi concluída e já custou mais de R$ 500 bilhões.
Já a expansão da Linha Lilás custou R$ 4 bilhões a mais do que o planejado e foi entregue quatro anos mais tarde. Outra obra que atrasou foi a Linha 13 Jade da CPTM que vai para o Aeroporto de Guarulhos. Ela foi prometida para a Copa de 2014, mas só foi entregue em 2018.
“As obras elas não são feitas, não são concluídas, os prazos são superados, os orçamentos saem mais caro porque não se planejou direito. É fácil entender isso, é como a gente fazer uma reforma numa casa sem ter a ideia exata do que quer fazer onde quer chegar”, disse o professor de Gestão Pública da FGV, Gustavo Fernandes.
A estação Vila Sônia está atrasada há 5 anos, mas o secretário dos Transportes Metropolitanos disse que a obra está dentro do cronograma.
“Estive aí há poucos dias visitando a obra então se o andamento está dentro do cronograma e que até dezembro de 2020 ela esteja inaugurada”, disse o Secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldi.
Sobre a linha 15-Prata, o secretário informou que a obra segue em ritmo normal e que quatro estações devem ser entregues ainda em 2019. Já a linha Ouro deverá passar por uma nova licitação para a construção e para os trilhos. Por fim, sobre a Linha Esmeralda, o governo disse que a meta é entregar a obre em até 36 meses.
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