Governo do Estado estuda Parceria Pública-Privada para retomada do VLT

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que irá apresentar na próxima semana várias alternativas para a retomada da obra de construção do VLT (Veículo Leve sob Trilhos). Ele não descartou a possibilidade de o Estado firmar uma Parceria Público-Privada e deixou claro que os cofres públicos não dispõe de R$ 1 bilhão, valor que seria necessário para terminar a implantação.

 Mendes havia pedido um prazo de 30 dias, após a Justiça manter a rescisão do antigo contrato, e deve apresentar as alternativas em 8 de julho. Ele disse que participou de duas reuniões em Brasília, uma no Ministério de Integração Nacional e na Secretaria de Mobilidade Urbana, em busca de soluções para o modal.

 “Vamos deixar bem clara as alternativas que estamos estudando, porque querer o VLT, como alguns dizem, eu também quero. Agora me diga onde arrumar R$ 1 bilhão de reais? Alguém está disposto a pagar mais imposto aqui em Cuiabá e Várzea Grande? Será que o interior está disposto a pagar mais imposto para bancar um VLT daqui? Será que a iniciativa privada tem realmente interesse?”, disse ele.

 Apesar das articulações, o governador não parece esperançoso de que vá conseguir tirar do papel a obra paralisada há seis anos, que consumiu R$ 1,6 bilhão dos cofres públicos. Durante coletiva no Palácio Paiaguás, na semana passada, ele afirmou que há outras ações judiciais em andamento.

“Há várias ações na Justiça ainda tramitando, temos ações que o Ministério Público Federal é patrono, Ministério Público Estadual. Tem ação na Justiça questionando a troca de modelo!! Qual será as decisões dessas ações judiciais? Como posso decidir agora? Vamos apresentar uma sistemática, aberta, a nossa metodologia para solução do VLT”.

LEGADO DA COPA

Uma das principais consequências negativas que a Copa do Mundo de 2014 trouxe para Cuiabá e Várzea Grande se deu pela escolha do VLT como modal de transporte. O veículo até hoje não foi implantado, e “rasgou” as cidades para colocação dos trilhos, que atualmente estão abandonados.

A Avenida da FEB ainda permanece com o canteiro em toda sua extensão completamente destruídos, com pontos de obras inacabadas e diversos blocos de concreto que permaneceram abandonadas por conta do VLT.  

Ocorre que o VLT estava envolto em um imbróglio judicial desde que o então governador Pedro Taques (PSDB) decidiu romper o contrato após a Polícia Federal deflagrar operação Descarrilho que apurou pagamento de propina e possíveis fraudes no contrato do modal.

Segundo a PF, durante a investigação foram colhidos elementos de prova pelo Ministério Público Federal e pela Polícia que apontam indícios de acertos de propina com representantes de empresas integrantes do Consórcio VLT, bem como desvio de recursos por intermédio de empresas subcontratadas pelo consórcio.

O ex-governador Silval Barbosa, em delação premiada, contou que combinou com o Consórcio que as propinas seriam pagas no montante de 3% do valor pago pelo Estado.

Fonte:O Bom da Noticia
http://www.obomdanoticia.com.br/politica/governo-do-estado-estuda-parceria-pblica-privada-para-retomada-do-vlt/18153

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