Após três meses com a circulação suspensas, quando começaram as medidas de isolamento social, os bondes de Santa Teresa voltaram a operar nesta quarta-feira com diversas medidas de restrição para evitar a contaminação entre os passageiros durante as viagens. A autorização para a volta do transporte foi publicada no Diário Oficial com regras de saúde e distanciamento.
Pelo novo protocolo, os bondes só poderão transportar 16 pessoas por vez, o equivalente a metade da sua lotação máxima. Os passageiros também serão obrigados a utilizar máscaras em todas as viagens. Na estação da Carioca, localizada na Rua Lélio Gama, foi instalado um túnel de desinfecção. A estrutura possui um sensor de presença, que aciona borrifadores com uma solução antisséptica do pescoço para baixo.
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Para passar no box, a pessoa precisa ter ao menos 1,4 metros. Isso porque a posição dos borrifadores foi pensada para evitar que o passageiro retire a máscara no momento da desinfecção e também não prejudicar olhos e ouvidos durante o processo. Ainda será fornecido álcool gel 70% para os passageiros.
Apesar dos bondes voltarem a circular todos os dias, há restrições de trajeto e horários. Segundo o texto publicado no Diário Oficial, só haverá transporte entre 10h e 16 horas, mas poderá ser ampliado com o aumento da demanda.
As viagens serão intercaladas de hora em hora e em apenas dois trajetos: da estação Carioca até o Largo dos Guimarães e entre a Carioca e a parada Dois Irmãos. Antes da pandemia o intervalo entre os bondes eram de cerca de 20 minutos.
A volta dos bondes foi comemorada por moradores de Santa Teresa. O desginer de moda Wanglêys Mebarak celebrou o alívio no bolso que a retomada da operação vai causar:
– Todos estavam seguindo o protocolo e ainda havia uma marcação em todos os bancos para que as pessoas não se sentassem juntas. Antes tinha que pegar um ônibus até o metrô que a minha empresa não pagava- conta.
A suspensão dos bondes de Santa Teresa em março foi mais um baque no sistema que convive com problemas nos últimos anos. Moradores do bairro não pagam tarifa, mas turistas ou cariocas de outras regiões precisam desembolsar R$ 20 para passear nas composições.
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