O secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy voltou ao cargo e já vistoria obras e linhas de trem e metrô na manhã desta quinta-feira, 01º de outubro de 2020.
Ele chegou a postar em redes sociais uma destas vistorias.
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Baldy foi preso no dia 06 de agosto na Operação Dardanários, um desdobramento da Operação Lava-Jato, e desde 20 de agosto é réu na Justiça Federal passando a responder formalmente na Justiça Federal por corrupção, peculato, fraude a licitações e organização criminosa. .
São investigados possíveis crimes de lavagem de dinheiro, peculato, organização criminosa e corrupção em contratos na área de Saúde em São Paulo e Rio de Janeiro, que teriam ocorrido entre 2013 e 2017.
No mesmo dia, segundo o Governo do Estado, Baldy pediu licença do cargo que foi assumido pelo então secretário-executivo da pasta, Paulo José Galli.
A defesa do secretário nega todas as acusações
Como mostrou o Diário do Transporte, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes suspendeu a ação penal da Lava Jato contra o secretário licenciado de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy. A decisão foi tomada em 23 de setembro de 2020. A ação ficará suspensa até que a Segunda Turma do STF decida se a competência para julgamento é da Justiça de Goiás ou do Rio de Janeiro.
Estão sob a responsabilidade da secretaria o Metrô de São Paulo, a CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (ônibus intermunicipais, trólebus do Corredor ABD e VLT – Veículo Leve sobre Trilhos da Baixada Santista) e a EFCJ – Estrada de Ferro Campos do Jordão.
Por causa da pandemia da Covid-19 e as medidas de restrição à circulação indicadas pelos técnicos da Saúde, a demanda de passageiros da CPTM e do Metrô chegou a cair quase 80% em algumas semanas e, consequentemente, a receita foi reduzida.
A situação foi tão grave que, alegando problemas financeiros, o Metrô de São Paulo descontou 10% dos salários dos funcionários de julho, o que quase resultou numa greve dos metroviários. A diferença deve ser paga em agosto.
Além disso, é necessário oferecer o transporte de forma segura do ponto de vista sanitário. Em trem e metrô, o distanciamento social é impossível em alguns horários. Assim, têm sido necessários investimentos maiores em desinfecção das composições e estações.
A higienização dos ônibus do sistema da EMTU também é outro desafio. Isso porque, existem empresas operadoras das linhas com as mais diferentes realidades, desde as mais cuidadosas até as mais relaxadas.
Fora a questão da pandemia, passarão pela pasta dos Transportes Metropolitanos, direta ou indiretamente, grandes licitações, como a concessão das linhas 8 – Diamante (Amador Bueno/Itapevi) e 9 – Esmeralda (Osasco/Grajaú) da CPTM.
A licitação dos ônibus do sistema da EMTU na Grande São Paulo, que deveria ter sido realizada em 2016, é outro aspecto que precisa ser desenrolado na pasta dos Transportes Metropolitanos. A concorrência que mexe com a vida de dois milhões de passageiros sofre pressões do setor empresarial de ônibus, principalmente no ABC Paulista, região correspondente à área 5 da EMTU, que nunca foi licitada e que tem os piores indicadores de qualidade dos serviços.
Os monotrilhos, meios de transportes de média capacidade e inferiores a um metrô, também são outras dores de cabeça para os transportes metropolitanos.
A linha 15-Prata (zona Leste) está em operação, mas já apresentou diversos problemas graves, incluindo batida de trens e estouro de peça de roda que suspendeu as operações por cerda de 100 dias no início de 2019, causando um prejuízo milionário ainda não cobrado pelo Estado. A conclusão até Cidade Tiradentes é prometida para 2021, mas o prazo pode ser ampliado.
A linha 17-Ouro (zona Sul) que deveria estar pronta em 2014, não tem sequer um trem leve com pneu rodando nas vigas de concreto, e tanto as obras como o fornecimento das composições e equipamentos são alvos de demoradas disputas judiciais
Já o monotrilho da linha 18 Bronze (ABC) foi descartado pela gestão João Doria e, no lugar, foi prometido um sistema de ônibus rápidos em corredores e estações (BRT – Bus Rapid Transit), mas sequer houve a apresentação do projeto, mesmo diante da promessa de as obras começaram no primeiro semestre de 2020.
Também está no radar da STM – Secretaria dos Transportes Metropolitanos o andamento de obras ou projetos de expansões de trilhos e corredores de ônibus, como um BRT nas regiões de Campinas e Americana, a linha 9 da CPTM até Varginha no extremo Sul da capital paulista, a linha 5-Lilás para Parelheiros (zona Sul da Capital), a estação Vila Sônia da linha 4-Amarela do Metrô e a extensão da linha 2-Verde do Metrô para a zona Leste e, posteriormente, para a cidade de Guarulhos.
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