Todos os dias, trens das concessionárias Rumo, MRS e VLI chegam ao porto de Santos, o principal do país, para descarregar cargas a serem embarcadas nos navios, numa operação que é mais complicada do que pode parecer.
A malha ferroviária interna existente no porto é composta por 100 quilômetros de trilhos, de acordo com a autoridade portuária, e soluções são cada vez mais necessárias para otimizar a comunicação entre as concessionárias e os terminais, para que não haja atrasos nem sejam criados gargalos logísticos.
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Com esse pensamento, os setores de inovação das três empresas lançaram um desafio que busca propostas para melhorar a eficiência na comunicação. Tempo perdido impacta em custos para as concessionárias.
O que elas querem? Que profissionais de tecnologia criem grupos com até três pessoas e inscrevam propostas para resolver o problema. Um programa do tipo foi lançado pela Rumo para buscar solucionar conflitos em cruzamentos urbanos.
Serão avaliadas criatividade, viabilidade, qualidade técnica e aplicabilidade do projeto.
O sistema ferroviário dentro do porto é administrado pela operadora Portofer, que coordena a chegada dos trens ao cais e é responsável por distribuir os vagões carregados para 11 terminais na margem direita do porto.
Após os trens descarregarem, a operadora tem de organizar a formação de novos trens e coordenar a saída deles da zona portuária.
O sistema ferroviário responde por cerca de 27% do transporte de cargas movimentadas no maior porto brasileiro, índice que tem crescido a cada ano. Tanto que, em 2015, as concessionárias criaram um grupo de trabalho para cuidar dos investimentos necessários para resolver conflitos nos acessos da Baixada Santista e dentro do porto.
As inscrições podem ser feitas até o próximo domingo (11). Quatro dias depois será a competição, num hackathon, e os resultados serão publicados no dia 19.
Como as áreas de inovação das concessionárias já são próximas e trocam experiências bem sucedidas, o caminho natural foi unir os esforços nesse hackathon. A solução encontrada na maratona de inovação não será benéfica apenas para as empresas, mas sim para todo o sistema ferroviário do porto, disse Amer Orra, gerente de inovação aberta da Rumo.
Três projetos selecionados serão apresentados num fórum em novembro, que também englobará outros setores, como hidrovias, corredores logísticos, cabotagens e rodovias.
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