Projeto do trem entre São Paulo e Campinas deve sair em 2022

Composição estacionada no pátio da Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos, antiga estação ferroviária de Campinas: Trem Metropolitano terá 160 km de extensão. (Foto: Kamá Ribeiro/ Correio Popular)

Correio Popular – Vereadores campineiros estão acompanhando com atenção o projeto do Trem Intercidades (TI), que pretende ligar São Paulo a Campinas, passando por Jundiaí e Americana. O assunto foi o tema principal na primeira reunião ordinária da Comissão para os Assuntos da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O projeto continua a sofrer atrasos no cronograma, previsto para começar em 2019. A consulta pública, por exemplo, deveria ter sido realizada no final de 2020. E, se itens do edital não forem resolvidos, o início do projeto poderá ser adiado para 2022. Uma das pendências é quanto à renovação do contrato da União com a MRS (a antiga São Paulo Railway (SPR), conhecida como Estrada de Ferro Santos – Jundiaí), que segregará as vias expressa e de carga.

Outra pendência diz respeito à apresentação do projeto ao Conselho Diretor do Programa Estadual de Desestatização (CDPED) – para só, então, a consulta pública poder ser aberta. Na sequência, o edital terá que passar por sugestões públicas antes de poder ser finalizado. E, pensando no que Campinas poderá contribuir, os vereadores Arnaldo Salveti (MDB), Eduardo Magoga (Pode), Juscelino da Barbarense (PL) e Luiz Cirilo (PSDB) reuniram-se esta semana na Câmara de Campinas.

“A escolha desse tema como principal foi para entender o projeto e acompanhar a execução, porque o desenvolvimento de uma rede sobre trilhos pode mudar o panorama da mobilidade da região, através de uma rede integrada, estimulando o uso do transporte coletivo em detrimento do individual, desafogando o transporte rodoviário, e diminuindo os custos do transporte de passageiros, e de cargas, bem como, diminuir a emissão de poluentes”, afirma Cirilo – quem presidiu a assembleia.

Trem Metropolitano

A proposta final do Trem Metropolitano tem cerca de 160 Km de extensão, abrangendo oito municípios da RMC: Americana, Campinas, Hortolândia, Nova Odessa, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. Dividido em quatro fases de implantação, os seis serviços previstos possuem trechos de sobreposição entre si – estratégia adotada para reduzir a necessidade de transbordos. Foram definidas 71 estações e paradas em todo o sistema, cuja classificação depende das características de demanda previstas. Destaca-se a acessibilidade que o sistema promoverá com grandes polos atratores de viagens, como a região central de Campinas, o Aeroporto de Viracopos e a Unicamp.
O diagramador Anderson Caum mora em Jundiaí, mas trabalha em Campinas. Vem de ônibus, e leva cerca de 50 minutos com a viagem. Já o trajeto total, de Campinas a São Paulo, pelo Trem Intercidades, está previsto para levar cerca de uma hora. Caum trabalhou muitos anos em São Paulo, onde pegava trem.

“Antigamente, era velho, todo quebrado, estourado. Havia muito problema de assalto nas estações, que eram depredadas. O pessoal entrava sem pagar, coisas desse tipo. Hoje, não. Hoje é tudo muito organizado, muito limpo, com trens modernos, com ar condicionado. O trem é rápido, com manutenção constante da ferrovia. Pontual. Com R$ 4,40 você vai pra São Paulo até o Brás. Se fizer baldeação pra Osasco, ou pra outra cidade, não paga. É muito bom. É superbacana pegar trem”.

Fonte: https://correio.rac.com.br/_conteudo/2021/02/campinas_e_rmc/1067835-projeto-do-trem-entre-sao-paulo-e-campinas-deve-sair-em-2022.html

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