Valor Econômico – A CCR registrou prejuízo de R$ 44 milhões no segundo trimestre deste ano, contra um resultado negativo de R$ 142 milhões no mesmo período de 2020. O prejuízo é resultado de um efeito negativo não recorrente, provocado pelo aditivo firmado com o governo paulista em junho, com objetivo de “zerar” os passivos regulatórios no Estado de São Paulo.
O termo aditivo em São Paulo incluiu o pagamento de uma indenização de R$ 1,2 bilhão pela CCR e a inclusão de mais R$ 2,3 bilhões em novas obras. Por outro lado, as concessões do grupo terão seu prazo prorrogado.
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O impacto negativo computado no segundo trimestre se refere ao reconhecimento de uma parcela de depreciação (no valor de R$ 531 milhões), referente ao período já transcorrido da extensão contratual, de 2018 a junho de 2021.
Sem os fatores extraordinários (além do aditivo, houve o reequilíbrio do contrato da ViaQuatro e a CCR ViaCosteira, que teve contrato assinado em julho de 2020), o grupo teria revertido o prejuízo do ano passado e registrado lucro líquido de R$ 294,4 milhões no segundo trimestre deste ano.
A empresa também encerrou o trimestre com um avanço de 65,4% em seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, que chegou a R$ 1,4 bilhão. A receita líquida aumentou 31,7%, para R$ 2,327 bilhões. A melhora foi puxada pela recuperação no tráfego de passageiros nas concessões operadas pela CCR.
O grupo também encerrou o trimestre com uma redução na alavancagem, que caiu para 2,3 vezes, contra 2,7 vezes registrados no segundo trimestre de 2020.
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