Jovem Pan – Nesta quinta-feira, 23, o programa Pânico recebeu Tarcísio Gomes de Freitas, atual ministro da Infraestrutura do governo de Jair Bolsonaro. Em entrevista, ele esclareceu a nova iniciativa do governo em parceria com a iniciativa privada, que prevê a expansão da malha ferroviária brasileira em novos 5.670 km de inserção. “A gente editou uma medida provisória, que traz o regime de autorizações ferroviárias para o nosso ordenamento jurídico. É uma volta ao passado para tentar alcançar o futuro. Significa que, a partir de agora, empreendedores que querem empreender em ferrovia, podem requerer e pedir para o Estado fazer ferrovia, fazem o segmento ferroviário, e passam a operar num regime de autorização. É uma volta ao passado pois no século 19 e no 20, o Brasil teve um boom ferroviário por meio das autorizações, e assim até hoje nos Estados Unidos, é a mesma coisa que estamos fazendo agora. As ferrovias eram exclusividade do Estado, mas observamos uma demanda reprimida muito grande, teremos uma série de empresas pedindo para fazer segmentos ferroviários.”
O projeto, que teve início neste mês, prevê que, em 2035, as ferrovias protagonizem 45% da matriz de transportes do Brasil, que hoje é predominada pelo transporte rodoviário. “Fizemos a medida, editamos e, a partir da vigência, recebemos 14 pedidos de autorização ferroviária. Representa a inserção de 5.670 km de nove ferrovias que vão cortar 12 unidades da nossa federação. Investimentos em ferrovias privadas que vão bater R$ 8,5 bilhões. Estamos iniciando mais quatro novos pedidos de autorização, o investidor privado está tomando confiança. Teremos ligações entre área de produção com porto, da planta industrial com a malha principal de ferrovia, escoamento de produções que antes eram submetidas ao transporte ferroviário. É uma forma de mitigar o problema da falta de equilíbrio da matriz de transportes. Uma forma extremamente leve, rápida e sem burocracias. Em 2035 devemos chegar com uma participação do modo ferroviário na matriz de transportes de 45%, uma participação semelhante à de países desenvolvidos”, disse o ministro.
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