Valor Econômico – A Cosan, um dos maiores conglomerados brasileiros, encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 125,3 milhões, comparável a lucro de R$ 996,6 milhões um ano antes. Apesar do resultado operacional recorde no intervalo, com destaque para o forte desempenho da Raízen, despesas financeiras mais elevadas pesaram na última linha do balanço.
Desconsiderando-se efeitos pontuais, o grupo encerrou o trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 53,6 milhões, queda de 94,6% frente ao mesmo período de 2021.
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De abril a junho, a receita líquida da Cosan totalizou R$ 42,78 bilhões, alta de 69,4%. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, por sua vez, alcançou R$ 4,14 bilhões, com crescimento de 34,5%.
O resultado, inédito na história da Cosan, reflete o forte desempenho operacional em todos os negócios do grupo, em particular na Raízen, com volumes de venda e margens elevadas no período.
O resultado financeiro, por sua vez, foi afetado pelo aumento das taxas de juros, que eleva o custo da dívida, e pelo impacto negativo da valorização do real sobre o endividamento em moeda estrangeira e ficou negativo em R$ 2,44 bilhões, comparável a despesa financeira líquida de R$ 353,5 milhões um ano antes.
No trimestre, o grupo registrou consumo de caixa de R$ 331 milhões, contra geração de caixa livre de R$ 794 milhões um ano antes, na esteira da aceleração dos investimentos e da variação de capital de giro na Raízen.
Em junho, a alavancagem financeira da Cosan estava em 2,4 vezes, comparável a 2 vezes em março.
Em comentário que acompanha o balanço, o presidente do grupo, Luis Henrique Guimarães, afirma que o trimestre foi marcado por “importantes conquistas”, em meio a um cenário ainda mais complexo. “Superamos a metade do ano entregando crescimento consistente em todo o portfólio, consolidando nossa presença líder nos segmentos em que atuamos, onde o Brasil possui claras vantagens competitivas”, diz.
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