G1 – Antonio Carlos Sanches, presidente da Supervia desde 2019, anunciou que vai deixar o cargo nesta sexta-feira (20) para se dedicar a projetos pessoais.
Na semana passada, a Justiça concedeu uma liminar impedindo o Governo do Rio de impedir ou restringir a operação dos trens.
A concessionária recorreu à Justiça depois que o secretário estadual de Transportes, Washington Reis, anunciou que o contrato seria encerrado e que começaria uma transição.
A juíza marcou uma audiência pública na semana que vem para discutir a questão.
No fim de abril, o grupo japonês Gumi – que controla a empresa – comunicou que não quer mais a concessão. Alegou crise financeira, perda de receita com a pandemia, prejuízo com o furto de metais e cabos e congelamento da tarifa contratual.
A Supervia disse que o nome do novo presidente vai ser divulgado em breve.
Problemas frequentes
A Supervia está em recuperação judicial desde junho de 2021 por conta da crise econômica.
O serviço está longe de ser de qualidade. Passageiros reclamam do preço do transporte e da baixa qualidade do modal. E citam atrasos, interrupções e panes entre os problemas enfrentados no dia a dia.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Alerj chegou a recomendar, em outubro do ano passado, a reestatização do sistema ou a criação de um novo modelo de licitação para o serviço.
Na madrugada desta terça-feira (18), um acidente entre um ônibus e um trem em Japeri deixou 19 feridos e suspendeu o funcionamento do ramal.
Nesta quinta-feira (20), os ramais Gramacho e Saracuruna foram suspensos por falta de energia. Técnicos da Supervia trabalhavam no sistema no fim de tarde para tentar restabelecer o serviço.
Os dois sentidos foram afetados, logo não havia trem partindo da Central do Brasil no sentido Gramacho, nem do terminal Gramacho para Saracuruna. As duas extensões também foram suspensas.
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