Vale lucra R$ 8,29 bi no primeiro trimestre, queda de 12,9%

Valor Econômico – A Vale fechou o primeiro trimestre com lucro líquido de US$ 1,679 bilhão, o que representou uma queda de 9% frente ao ganho de 1,837 bilhão obtido nos três primeiros meses do ano passado. A receita líquida da companhia ficou em US$ 8,45 bilhões entre janeiro e março, estável frente aos US$ 8,434 bilhões de igual período de 2023. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de US$ 3,438 bilhões, 7% abaixo dos US$ 3,714 bilhões do primeiro trimestre do ano passado.

Em reais, o lucro líquido da companhia foi de R$ 8,29 bilhões no primeiro trimestre, queda de 12,9% na comparação com os R$ 9,521 bilhões de igual período do ano passado. A receita líquida caiu 4,44% na mesma comparação, passando de R$ 43,841 bilhões para R$ 41,891 bilhões.

O Ebitda ajustado, por sua vez, recuou 11,8%, passando de R$ 19,293 bilhões para R$ 17,214 bilhões.

No balanço divulgado nesta quarta-feira (24) ao mercado, a Vale destacou que a queda nos principais indicadores aconteceu devido, principalmente, aos menores preços realizados de finos de minério de ferro.

Dentro dos segmentos de negócios, o Ebitda de Soluções de Minério de Ferro ficou estável em R$ 17,113 bilhões, com os maiores volumes de venda de minério de ferro sendo compensados por menores preços realizados de finos de minério, além de um efeito negativo de maiores taxas de frete à vista.

No níquel, o Ebitda caiu 95% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, em grande parte explicado pela redução de 33% nos preços realizados de níquel e pelo impacto negativo referente à redução do valor de estoques e de manutenção e outros custos fixos incorridos em Onça Puma (PA) no trimestre, enquanto as operações foram interrompidas para a reconstrução do forno.

Já o Ebitda de cobre aumentou 29% frente aos três primeiros meses de 2023, em grande parte explicado pelo aumento nos volumes de vendas de cobre e subprodutos atribuído ao ramp-up de Salobo 3 e ao melhor desempenho operacional de Salobo 1&2, também no Pará.

A companhia ressaltou ainda que as vendas de minério de ferro e cobre aumentaram em 8,2 milhões de toneladas e 14,1 mil toneladas, respectivamente, em relação ao ano anterior. Além disso, o custo caixa C1 (da mina ao porto) de finos de minério de ferro ex-compra de terceiros “melhorou ligeiramente” em relação ao ano anterior, atingindo US$ 23,5 por tonelada no primeiro trimestre, apesar do efeito negativo da valorização do real.

O fluxo de caixa livre das operações ficou em US$ 2 bilhões no primeiro trimestre.

Os gastos com investimentos foram de quase US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre, cerca de US$ 300 milhões mais altos em relação ao ano anterior.

O capex estimado do projeto Serra Sul 120 Mtpa foi revisado para US$ 2,8 bilhões, principalmente devido a aumentos nos custos de insumos e serviços e mudanças no projeto de engenharia. A entrada em operação do projeto no segundo semestre de 2026, assim como a orientação de investimento da companhia para 2024, de cerca de US$ 6,5 bilhões, permanecem inalterados.

A dívida líquida expandida — conceito que inclui as obrigações pelas reparações por Brumadinho e Mariana — fechou o primeiro trimestre em US$ 16,38 bilhões, alta de 14% na comparação anual, mas ainda dentro da meta de US$ 10 bilhões a US$ 20 bilhões.

A empresa também alocou, no primeiro trimestre, US$ 275 milhões como parte do quarto programa de recompra. Atualmente, o programa de recompra está 17% concluído, com 29,9 milhões de ações recompradas.

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/04/24/vale-lucra-us-16-bi-no-primeiro-trimestre-queda-de-9percent.ghtml

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0