Vivek Palekar, Gerente de Segmento Global, EUA
Luiz Paquieli, Especialista Técnico, Brasil
Fabricantes e operadores de locomotivas movidas a diesel em todo o mundo estão trabalhando para atender às regulamentações de emissões e novos padrões de combustíveis cada vez mais rigorosos. Esses esforços levaram a modificações significativas nos projetos de motores. Em 2015, a introdução de locomotivas Tier 4 e a nova tecnologia de motores nos Estados Unidos representaram uma grande mudança no desempenho dos motores. Os sistemas de pós-tratamento de gases de escape, combinados com tolerâncias cada vez menores das partes móveis, proporcionam menor consumo de óleo lubrificante, no entanto, aumentam a severidade da aplicação que passa a exigir maior desempenho do óleo e dos intervalos de troca, impactando diretamente os parâmetros como neutralização ácida, retenção de base, controle de desgaste e oxidação, bem como depósitos de pistão e limpeza geral do motor.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Enquanto isso, reguladores em todo o mundo exigiram reduções nos níveis de enxofre no diesel ferroviário – embora o ritmo de redução varie muito entre os diferentes mercados. Na América do Norte, partes da África, Europa, Índia e China, por exemplo, o teor de enxofre caiu para níveis abaixo de 15 partes por milhão (ppm). A maioria das nações estabeleceu regulamentos que exigem níveis de enxofre de 50 ppm ou menos. O Brasil está entre os mercados que ainda permitem entre 10 e 500 ppm. No entanto, há poucas dúvidas de que o diesel com baixo teor de enxofre é a onda do futuro. Mesmo em mercados emergentes como o Cazaquistão e outros países do Leste Europeu, a indústria ferroviária global está sob pressão para se adaptar.
A convergência dessas tendências foram os impulsionadores por trás do desenvolvimento da categoria de desempenho de óleo de motor ferroviário Geração 7 da Locomotive Maintenance Officers Association (LMOA). Lançada em 2016 nos Estados Unidos, a tecnologia de óleo de motor ferroviário Geração 7 melhora vários atributos de desempenho em relação às gerações anteriores e é otimizada para combustíveis com baixo teor de enxofre e motores modernos. Na América do Norte, todas as ferrovias Classe 1 fizeram a transição para o óleo de motor Geração 7 multigrau. Os principais manuais de serviço de locomotivas foram atualizados e os OEMs recomendam o uso do LMOA Geração 7 em uma base global para se alinhar com o consumo de diesel com baixo teor de enxofre (≤ 500 ppm) e aprimorar os protocolos de monitoramento baseados na condição do óleo usado.
Os aditivos fazem a diferença
Chevron Oronite, fornecedora global de tecnologia de aditivos para óleos de motor para produtores de lubrificantes, atua em óleos de motores ferroviários LMOA Geração 7 desde o início da categoria. O pacote de aditivos OLOA® 42015 da Oronite foi projetado para atender ou exceder a especificação de desempenho LMOA Geração 7 e apresenta no óleo lubrificante acabado BN 11 (nominal). Este produto inclui um sistema de detergente complexo otimizado para retenção de base, juntamente com neutralização de ácidos forte e fraco. Ele também apresenta excelente resistência química de oxidação e inibidor de desgaste, que é livre de zinco e fósforo e ajuda na proteção contra oxidação em alta temperatura e no controle de depósitos.
O OLOA® 42015 passou por extensos testes de campo para obter a aprovação dos principais OEMs globais de motores ferroviários, incluindo Wabtec e Progress Rail. Os resultados da pesquisa e dos testes foram confirmados pela experiência do mundo real. Os óleos formulados com OLOA® 42015 provaram ser eficazes em mais de doze anos de serviço em locomotivas de carga e passageiros e possibilitaram a geração de milhões de megawatts-hora em todo o mundo. Embora este produto tenha sido projetado para atender às demandas de emissão, combustíveis e desempenho de locomotivas Tier 4, ele foi validado em versões anteriores de locomotivas e é plenamente compatível para atender com sucesso às necessidades das frotas de locomotivas em todo o mundo. Isso permitiu que as ferrovias internacionais fizessem a transição com confiança na tecnologia de óleo de motor mais antiga para a tecnologia Geração 7 com pouco ou nenhum teste adicional. Embora os óleos de motor de grau único (SAE 40) ainda estejam em uso, a maioria dos usuários finais compreende os benefícios do óleo de motor multiviscoso SAE 20W-40 Geração 7 para sua frota mista de locomotivas Wabtec e Progress Rail e já fez a transição.
Com o impulso em direção a combustíveis ferroviários com baixo teor de enxofre e tecnologia de motores mais eficiente, a demanda por óleos da Geração 7 continuará a aumentar. Para garantir a segurança do fornecimento e promover transições globais, a Chevron Oronite expandiu o número de instalações de fabricação globalmente para misturar este pacote de aditivos, bem como simplificou os planos de negócios para garantir o fornecimento econômico.
Explorando combustíveis renováveis e outros combustíveis de menor intensidade de carbono
Enquanto o mundo trabalha para atingir suas metas energéticas e ambientais, as operadoras ferroviárias nos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, Índia e outros lugares têm explorado alternativas renováveis ao diesel à base de petróleo. Alguns países, como a Indonésia, exigem misturas de 30% ou mais de teor de biodiesel na mistura com diesel para reduzir a dependência das importações de petróleo. O Brasil exige 14% e tem planos de atingir 25% de biodiesel. Embora o óleo de soja seja a principal fonte de biodiesel no Brasil, os produtores de combustíveis em todo o mundo estão trabalhando com uma ampla diversidade de matérias-primas, desde óleo de palma na Ásia até óleo de milho, gordura de sebo e até óleo de cozinha reciclado nos Estados Unidos. A Chevron Oronite, juntamente com o Chevron Renewable Energy Group (CREG), está trabalhando com os OEMs ferroviários e usuários finais para validar a eficácia dos óleos ferroviários da Geração 7 em aplicações com biodiesel e diesel renovável (óleo vegetal hidrotratado). Outros combustíveis futuros no horizonte incluem etanol, hidrogênio e amônia, e a Chevron Oronite está liderando e apoiando a pesquisa e desenvolvimento de óleos de motor para a próxima geração que funcionarão com esses combustíveis.
Combustíveis base Diesel com baixo teor de enxofre e a tecnologia avançada de motores estão rapidamente se tornando o padrão global à medida que o mundo avança em direção a um futuro com menores emissões de carbono. Agora é a hora de os operadores ferroviários reavaliarem suas práticas de lubrificação, implementarem os benefícios do óleo de motor LMOA Geração 7 multiviscoso e começarem a planejar sua estratégia de combustível de longo prazo.
*Informe Publicitário
Seja o primeiro a comentar