Valor Econômico – O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que houve uma mudança no perfil de investimentos em infraestrutura do banco, com o setor de saneamento, que antes liderava, cedendo espaço para o crédito rodoviário.
“A nossa expectativa é de R$ 30 bilhões de financiamento rodoviário esse ano”, disse Mercadante nesta terça-feira (25), na apresentação de resultados do BNDES referentes a 2024, na sede da instituição, no Rio. Ele acrescentou que o volume de leilões deve aumentar.
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O presidente do banco ressaltou que este “foi o melhor ano da história da instituição”. Em 2024, o banco fez a maior injeção de crédito da história, com aprovações e garantias que somaram R$ 276,5 bilhões.
Mercante afirmou ainda que a carteira de participações societárias valorizou R$ 19 bilhões em comparação com 2022, o que representa um aumento de 30,8% contra aquele ano. Em relação a 2023, o resultado ficou estável.
“Foi uma decisão acertada [o banco] não ter se desfeito da carteira, o que não quer dizer que a gente não possa vender [participação] em empresas já consolidadas”, disse. E acrescentou: “Não quer dizer que não podemos vender ações no futuro, pretendemos inclusive vender”.
Ainda de acordo com Mercadante, a aprovação de crédito do BNDES está em 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, enquanto os desembolsos estão em 1,1%. Ele completa que a expectativa é que a aprovação se mantenha em torno de 2% e desembolsos em 1,5% até 2026.
Em dezembro de 2024, o Índice de Basileia do BNDES atingiu 28,2%, contra 31,5% ao final de 2023. Segundo o diretor financeiro e de mercado de capitais, Alexandre Abreu, o índice está em uma situação confortável em relação aos 10,5% exigidos pelo Banco Central.
“A queda do índice se deve a dois fatores: o crescimento da carteira de crédito e o pagamento de dividendos”, completou Abreu. Em dezembro de 2024, foi registrado o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos extraordinários à União.
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