Veja – Causou espanto em parte do mercado o baixo número de presentes na audiência pública da Fico/Fiol, novo corredor logístico de ferrovias que o governo tenta tirar do papel.A primeira reunião em Brasília nessa terça-feira, 11, teve mais críticas do que elogios ao projeto.
Considerado projeto prioritário no setor ferroviário pelo Governo Lula, a ferrovia que prevê a implantação de cerca de 2,7 mil quilômetros de extensão de trilhos, cruzando os estados da Bahia, Tocantins, Goiás e Mato Grosso foi alvo de muitos questionamentos na primeira sessão das audiências, que ainda passam por Salvador nesta quarta, 12, e Cuiabá na sexta-feira, 14.
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Com a casa vazia, uma das principais críticas foi direcionada as projeções otimistas de construção da ferrovia, considerando os desafios do traçado. Especialistas apontaram que “projetar a construção de 200 km por ano é considerado irrazoável e sem precedentes”, refletindo um possível desconhecimento do trecho pela proposta atual.
Segundo as análises, o custo apresentado de 14,5 milhões de reais por km está bem abaixo do valor atual realista, que chega a 22 milhões de reais por km, com um ritmo de construção mais plausível de 60 a 70 km por ano. O valor total do projeto está estimado em 17,6 bilhões de reais ao longo de 12 anos. Outro ponto colocado a mesa são as incertezas quanto a construção do Porto de Ilhéus, a indefinição clara sobre a implantação do complexo portuário é apontada como um fator que pode comprometer o avanço do projeto.
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