Agência Infra – O secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, disse nesta terça-feira (1º) que o GT (Grupo de Trabalho) criado para discutir o futuro da Malha Sul, da Rumo, está na reta final, com previsão de encerramento para o dia 14, após prorrogação do GT feita em junho. Segundo Ribeiro, na semana passada, a Infra S.A. apresentou números de pré-viabilidade de soluções que podem ser adotadas na ferrovia, embora não tenha detalhado as opções.
A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, convocada para tratar da situação da Linha Férrea Tronco Sul Lages (SC).
De acordo com o secretário, os estudos da Infra S.A. mostram que “há boas possibilidades” de retomada da malha no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ele não especificou de que forma isso poderá ser feito, citando que o setor de ferrovias hoje conta com um “leque de ferramentas”, como cessão de trechos para estados, chamamento público para autorizações e parcerias públicas dentro de concessões.
“É uma discussão que precisa levar em consideração a necessidade de restaurar a malha, e acaba passando também por discussão de responsabilidade fiscal, para conectar a necessidade de recursos para fazer a malha voltar a operar de maneira qualificada”, disse Ribeiro.
Ele lembrou que existe um estudo contratado para licitar a Malha Sul, se essa for a decisão, ao mesmo tempo em que o governo ainda discute com a Rumo, no âmbito do GT, uma possível repactuação do contrato.
“Nós temos uma solução que passaria por fazer uma ligação de Uruguaiana (RS) até Porto Alegre (RS), subindo para fazer essa integração por São Paulo, que é justamente passando pela linha férrea de Santa Catarina”, listou o secretário entre as opções estudadas.
O governo já identificou que muitos trechos terão de ser devolvidos porque hoje não têm mais capacidade operacional, assinalou. “Esses trechos passarão por um processo de avaliação do custo de indenização da concessionária para o governo e esse recurso pode ser alocado em investimento na malha”, disse.
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