O Globo – Em janeiro deste ano, a coluna revelou que a Estação da Luz Participações (EDLP) poderia receber cerca de R$ 272 milhões pelos estudos e projetos da Ferrogrão, a polêmica ferrovia que visa interligar o Porto de Mirituba, no Pará, ao município de Sinop, em Mato Grosso. O valor proposto pela empresa seria 705% maior que os R$ 33,8 milhões previstos originalmente (sem correção monetária).
Pois bem. O Ministério dos Transportes vai publicar nesta quarta-feira uma portaria registrando a decisão da Comissão Permanente de Estruturação de Empreendimentos Ferroviários, que rejeitou a proposta de reembolso por ausência de fundamentação técnica, por unanimidade.
A deliberação ocorreu em uma reunião no fim de maio, que não foi divulgada até o momento, com integrantes da área técnica da pasta e representantes da Infra S.A. (estatal criada a partir da junção da Valec e EPL) e da ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres.
A comissão determinou que a EDLP elabore, em até 30 dias, que começarão a contar a partir desta quarta-feira, novos parâmetros técnicos para a definição do valor a ser ressarcido.
Em janeiro, a empresa informou que o valor indicado poderia sofrer alterações e dependia de análise e validação do Ministério dos Transportes. Afirmou ainda que o montante originalmente previsto era de 2014 e, portanto, está defasado. E aponto que foram feitos quatro estudos, motivo pelo qual os custos aumentaram.
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