Retomada do VLT de Cuiabá continua indefinida: nova licitação ou PPP?

As obras do VLT de Cuiabá-Várzea Grande, já bastante
comprometidas, ficaram ainda mais após a Operação Descarrilho, deflagrada no
início de agosto pela Polícia Federal (PF).

A operação da PF, que apontou fraudes na licitação,
associação criminosa, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes que teriam
ocorridos durante a escolha do modal VLT, levou o governador Pedro Taques a
determinar a suspensão do diálogo com o Consórcio VLT para a retomada das
obras. Apesar disso, o governo do Estado do Mato Grosso afirma que a conclusão
do modal é uma das suas prioridades, após as obras já haverem consumido R$ 1 bilhão.

O Governo informou, ontem, que diante do impasse não haverá
tempo para concluir e entregar o VLT em 2018. A única possibilidade quanto a
2018 é reiniciar as obras, mas ainda sem prazo para término.

O VLT, quando concluído, terá cerca de 22 quilômetros e dois
eixos, e deveria ter sido entregue na Copa de 2014. Agora, nem mesmo na Copa de
2018 os moradores de Cuiabá e Várzea Grande poderão usufruir do novo modo de
transporte. A má notícia, que já era do conhecimento público, foi confirmada
pelo secretário de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos, durante vistoria
às obras de drenagem na Avenida Fernando Correa da Costa.

Santos lembrou à imprensa regional que o ex-governador
Silval Barbosa reconheceu que recebeu R$ 18 milhões de propina para aquisição do
VLT.

 

NOVELA DO VLT:

 

Em março de 2017 parecia que o VLT de Cuiabá-Várzea Grande chegaria
a bom termo. O Governo do Estado, após a mudança de gestão, chegou a anunciar
um acordo com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande para o reinício das obras.

Pelo acordo, o Estado pagaria R$ 922 milhões para a
conclusão integral da implantação do VLT. O cronograma previa a entrega da
primeira etapa, em março de 2018, no trecho entre o aeroporto até a estação do
Porto.

Até o final de dezembro de 2018 todo o trecho da linha 1,
num total de 15 quilômetros, deveria entrar em funcionamento. Já a linha 2, no
trecho de 7,2 quilômetros entre a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e o
Parque Ohara, no Coxipó, seria entregue até maio de 2019.

As negociações com o consórcio foram interrompidas após a
Operação Descarrilho.

O próximo passo será dado pela Secid, que entregará nos
próximos dias ao governador Pedro Taques um estudo que indicará qual a melhor
alternativa para concluir o VLT.

São duas as opções analisadas: (1) firmar uma parceria
público-privada (PPP) e (2) realizar uma nova licitação para término das obras.

Seja qual opção for a adotada, novo edital terá que ser
publicado.

Desta forma, serão necessários ao menos mais seis meses para
a publicação de um novo edital, seja de obra remanescente ou de lançamento de
uma PPP.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0