O acidente entre um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e um
carro-forte na manhã desta segunda-feira (11), no Bairro Vila União, em
Fortaleza, poderia ter sido evitado se a cancela da Avenida Luciano Carneiro
estivesse funcionando de forma correta. De acordo com o gerente de tráfego do
Metrofor, Diego de Almeida, a cancela pode ter apresentado um problema.
“Talvez essa cancela não estivesse funcionando. Não tivemos
operação nos dias 7 de setembro, no feriado. No dia 8 também não houve operação
por conta da obra. E nos dias 9 e 10 era sábado e domingo e também não tem
operação. Aí ficou quatro dias sem operação. Então, na segunda-feira é que foi
identificado pelo condutor e avisado para a direção”, afirmou, destacando
também que houve imprudência do motorista, já que há outras sinalizações que
indicam a passagem do trem.
Outro fator apontado pelo gerente de tráfego do Metrofor é o
costume dos próprios motoristas. Já que a operação assistida é nova. Nesta
ocasião, Diego orienta os condutores a prestarem mais atenção quando forem
passar pelo trecho.
“A sinalização é nova e está operando. O detalhe talvez seja
o costume. Os carros não estão acostumados com o trem que é novo. Pois a
operação assistida tem pouco tempo. Nós instruímos o condutor a buzinar
bastante. Se identificar e passar devagar pelo local”, orienta.
Sobre a manutenção do sistema, no caso da cancela e do
alarme sonoro, toda vez que é detectado um problema ambos são consertados de
forma imediata. “Toda vez que o sistema falha, a direção é informada. Chama-se
de falha segura. Sendo assim a direção comunica o defeito para a manutenção
resolver o problema”.
Infraestrutura ruim
Moradores e motoristas que passam pelo local reclamam da
infraestrutura. Para o motorista de ônibus, José Odir, o tempo sonoro é
irregular. “O tempo dela baixar e o tempo dela sonoro é irregular. Quando ela
abaixa e o sinal alerta e o trem já está em cima”, reclama.
De acordo com o Metrofor o aviso sonoro e a sinalização
seguem uma regra internacional. Existem quatro passagens de nível no caminho do
VLT.
A empresa Corpvs dona do carro-forte que se envolveu no
acidente disse que o motorista que dirigia o carro na hora do acidente não tem
histórico de imprudência e, segundo a empresa, a cancela não baixou de forma
correta e o som do trem é muito baixo.
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