O metrô de Curitiba pode virar realidade nos próximos anos. Ontem, em audiência com o ministro do Planejamento e Gestão, Paulo Bernardo, o prefeito Beto Richa recebeu a notícia da liberação de R$ 1,5 milhão para estudo do projeto básico da obra. Depois de pronto o estudo, o ministério propôs a realização de um seminário, já para o início de 2008, para definir as fontes de captação dos recursos. Em princípio, a primeira linha do metrô curitibano custaria R$ 1,2 bilhão.
No começo do mês, Beto já havia encaminhado à Bernardo a demanda da cidade, e que o projeto fosse incluído no Plano de Acelaração da Economia (PAC), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo do ano. Na época, Bernardo ficou de analisar o pedido.
“A decisão é um grande passo para a concretização de uma alternativa moderna de transporte”, disse o prefeito Beto Richa. “Mas é uma decisão que depende do esforço conjunto, não só da Prefeitura, como do governo federal, da iniciativa privada, e se possível do governo do Estado”.
O primeiro projeto da Prefeitura previa que pelo menos metade dos investimentos viriam do governo federal, 32% das operadoras privadas do metrô e 18%, do município. A execução do projeto tem um prazo estimado de cinco anos. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), empresa do setor metroferroviário do governo federal, também já avalizou o projeto.
A primeira linha de metrô, ligaria o Pinheirinho ao Cabral, numa extensão de 14,3 km, ao longo da canaleta do sistema de ônibus expressos. Os veículos do metrô terão quatro vagões, com capacidade total para 1,2 mil passageiros.
O metrô não é a única aposta da Prefeitura de Curitiba. O prefeito Beto Richa citou outras medidas para melhoria do transporte coletivo que estão em andamento, como a Linha Verde na antiga BR-116, o “Ligeirão” na Avenida Marechal Floriano, e a primeira licitação da história da cidade para a operação das linhas de ônibus atuais. “O sinal verde para o metrô não exclui o plano de modernização do sistema da Rede Integrada de Transporte (RIT). Os dois precisam funcionar juntos”, enfatiza Richa.
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