O projeto para implantação do metrô de superfície da Grande Florianópolis, que pretende ligar São José ao Centro da Capital, passando pela Ponte Hercílio Luz, vai ser elaborado, licenciado, licitado e executado até julho de 2010.
Quem garante é o engenheiro Romualdo França, presidente do Departamento de Infra-Estrutura do Estado (Deinfra), órgão responsável pelo projeto avaliado em cerca de R$ 250 milhões.
De acordo com França, a primeira etapa, que é o estudo de demanda, já foi concluída. Pelos cálculos do governo do Estado, quando estiver operando, dentro dos 22 meses anunciados pelo Deinfra, o metrô de superfície terá capacidade de transportar entre 1,6 mil a 1,9 mil passageiros por hora.
Segundo o presidente do Deinfra, após os trabalhos de recuperação da estrutura, erguida na década de 1920, a ponte terá plena capacidade de suportar o peso do metrô e dos demais usuários.
Em reunião com o prefeito Dário Berger (PMDB), Luiz Henrique disse que “o trânsito de Florianópolis e da região metropolitana não tem solução sem a implantação de um sistema de transporte de massa eficiente”.
– Estamos conscientes que podemos, queremos e vamos implantar o metrô de superfície – ressaltou.
Especialista em trânsito diz que projeto é uma ilusão
Engenheiro civil especializado na área de transportes e trânsito urbano, Severino Soares Silva critica duramente a proposta de construção de um metrô de superfície na Grande Florianópolis.
– Isso (o metrô) não existe, é uma ficção, uma ilusão pensando tecnicamente no desenho da cidade – afirmou.
Para Silva, “é absolutamente impossível” executar o projeto de transporte ferroviário proposto pelo governo do Estado. O engenheiro, que em 1998 elaborou estudo indicando que a Via Expressa, que liga a BR-101 às pontes, teria sua capacidade esgotada em 2004, critica a falta de “planejamento a longo prazo”.
– Nos próximos oito a 10 anos, as pontes estarão esgotadas. Hoje são 160 mil veículos chegando todos os dias à Ilha. Vamos ter algo aí em torno de 240/250 mil veículos chegando e saindo de Florianópolis. O metrô é impossível – avaliou.
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