Usimec produzirá mil vagões este ano

A Usiminas Mecânica – Usimec, subsidiária integral da siderúrgica de mesmo nome e que se dedica à produção de peças de grande porte em aço, anunciou ontem que irá produzir mil vagões ferroviários em 2005, atividade que lhe renderá R$ 50 milhões. Os equipamentos serão destinados integralmente às três ferrovias da Cia Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Vitória-Minas, Ferrovia Centro-Atlântica e Estrada de Ferro Carajás – e serão utilizados basicamente no transporte de minério.

A produção de vagões é uma atividade iniciada há menos de dois anos na empresa, após a compra, no final de 2003, de uma fábrica desativada no município de Santana do Paraíso, localizada a 15 quilômetros de suas instalações, em Ipatinga (MG). A fábrica pertenceu à Convap Engenharia, que pretendia atender a um ambicioso plano de expansão do transporte ferroviário brasileiro na década de 70, mas não confirmado. Na época, as ferrovias eram de propriedade do governo federal.

Segundo o superintendente da Usimec, Guilherme Muylaert Antunes, a empresa teve receita de R$ 50 milhões em 2004 decorrente da venda de 280 vagões para a Vale, 150 à ferrovia MRS Logística e 40 à ALL Logística. (continua na página C-5)

A expectativa é a de que, nos próximos cinco anos, a demanda brasileira por vagões permaneça em cinco mil unidades anuais e sua empresa atenda a 20 % do mercado. Fundada em 1970, a Usimec especializou-se na fabricação e de estruturas metálicas, criando um mercado cativo para o aço produzido na siderúrgica. Durante esse período, a empresa atendeu a encomendas dos segmentos de mineração, papel e celulose, hidroeletricidade, petróleo e petroquímica, além de construir grandes pontes ferroviárias e rodoviárias e fornecer estruturas para edifícios comerciais e residenciais. Segundo o material promocional divulgado pela empresa, é a única do ramo, na América Latina, certificada pelo American Institute of Steel Construction (AISC) nas categorias de grandes pontes de aço e de grandes edifícios em estrutura metálica.

Em 2004, a empresa apresentou receita líquida de R$ 500 milhões – 10% decorrentes da produção de vagões, que hoje integra uma das duas maiores, entre as suas seis unidades de negócio. Segundo Muylaert, a empresa ainda tem disponibilidade para atender a novas encomendas. Segundo informou, foram investidos R$1 milhão na fábrica de vagões e estão programados aportes maiores para este ano, que serão destinados, sobretudo para modernização da linha de produção, que começou fabricando caixas e hoje entrega vagões completos.

Fonte: Gazeta Mercantil