Trem chega a Berlim e relembra Holocausto

O chamado trem da recordação, com um vagão histórico usado para transportar milhões de judeus aos campos de concentração no nazismo, chegou ontem a Berlim onde ficará por dez dias, na sua viagem a caminho de Auschwitz em homenagem às vitimas do Holocausto.


Pouco antes do meiodia, a locomotiva preta com vagões vermelhos parou na estação Ostbahnhof, trazendo uma exposição com fotos de crianças e adolescentes mortas pelo nazismo.


As janelas foram cobertas com as fotos das vítimas, mostrando crianças sozinhas ou famílias retratadas momentos antes de embarcar para os campos.


Cerca de mil pessoas visitaram o trem e muitas depositaram flores.


— Nós queremos dar uma face às milhares de vítimas — disse Hans Rudiger Minow, porta voz da organização do evento.


Entre os casos de milhares de crianças deportadas, alguns foram reconstituídos. Como o de Jackeline Morgenstern, menina de 9 anos mandada ao campo de Neuegamme, onde foi vítima de experimentos médicos antes de morrer na câmara de gás. Entre as imagens, está uma frase de Elie Wiesel, Nobel da Paz e sobrevivente do Holocausto: “Nunca esqueceria os rostos pequenos das crianças, cujos corpos vi serem consumidos em espirais de fumaça em direção ao céu silencioso”.


Depois de dois dias em Ostbahnhof, o trem levará a exposição a mais três estações de Berlim, terminando o programa na Grunewald, principal ponto de embarque de judeus berlinenses para campos. Em seguida, o trem segue em direção ao campo de Auschwitz, Polônia, onde chegará em 8 de maio.


O trem, que começou a viagem em Frankfurt em novembro passado, envolveu-se numa polêmica.


A Deutsche Bahn, companhia ferroviária estatal alemã, se recusou a permitir que o trem parasse na estação central de Berlim, oferecendo como opção a Ostbahnhof. Alguns críticos compararam os chefes da Deutsche Bahn aos da Reichsbahn nazista — a companhia ferroviária que deportou muitos dos seis milhões de mortos.


A deputada esquerdista alemã Petra Pau disse que o “embargo” da empresa, assim como os custos da viagem impostos ao trem, lembravam as dificuldades ainda encontradas na Alemanha quando se trata de investigar antigos crimes nazistas.


— O horror do regime nazista não pode ser esquecido. Seria uma traição àss vítimas e ao futuro — disse Pau.


Manifestações e protestos de sobreviventes do Holocausto e protestos de políticos, incluindo do prefeito de Berlim, não dobraram a Deutsche Bahn. A companhia afirma que uma parada na estação central de Hauptbahnhof causaria o caos no tráfego ferroviário.

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Fonte: O Globo

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