O maior negócio envolvendo ferrovias no país desde a privatização da Rede Ferroviária Federal, entre os anos de 1996 e 1997, vai mudar bastante o perfil do setor na região Sudeste. A operação envolve dois corredores logísticos, ligando o Centro-Oeste ao maior porto brasileiro, o de Santos.
O resultado da venda do controle da Brasil Ferrovias, que reúne duas concessionárias – Ferronorte e Ferroban – e da Novoeste Brasil tem potencial para criar um megaoperador logístico. A entrega das propostas firmes está marcada para o dia 22, até as 16 horas.
As mais fortes candidatas são duas concessionárias de vias privatizadas que adquiriram know-how de operação e as únicas a exibir lucros com a atividade. A América Latina Logística (ALL), controlada por um grupo de investidores liderados pela GP Investimentos, opera a antiga malha Sul e tem ações negociadas em bolsa. A MRS Logística, cujos sócios são grupos siderúrgicos e mineradores peso-pesados, opera a antiga malha Sudeste. No fim de semana, ambas faziam os últimos ajustes nas propostas.
A disputa entre os dois grupos vai se dar em torno da Brasil Ferrovias, o chamado corredor de bitola larga, considerado o filé mignon do pacote de ativos. Por essa malha de 2.500 km é escoada para exportação grande parte da safra de grãos do Centro-Oeste. Além de MRS e ALL, estão habilitados para fazer propostas por esse trecho a Bunge Fertilizantes e a Copersucar, cooperativa que reúne 30 usinas de açúcar e álcool.
O corredor de bitola estreita da Novoeste, com quase 2.000 km extensão, após incorporar 350 km da Ferroban, é vendido separadamente. Os grupos habilitados na fase de propostas indicativas foram ALL, Ferrocarril Oriental, da Bolívia, e um grupo coreano.
A venda do controle dos ativos, coordenada pela consultoria Angra Partners, se dá após um arrastado processo de negociação para capitalizar as empresas, fechado no ano passado, que culminou com a entrada do BNDES como maior acionista individual do corredor de bitola larga, com 43,6% das ações. Os fundos de pensão Funcef (Caixa Econômica Federal) e Previ (Banco do Brasil) controlam os dois corredores, que têm ainda um fundo do JP Morgan no bloco de controle.
A princípio, estão à venda na Brasil Ferrovias (bitola larga) as ações de Previ, Funcef e JP Morgan, que equivalem ao controle (51,7%) dos dois corredores. No entanto, indiretamente, o BNDES também pode vender suas ações, pois tem direito de `tag along`.
Apesar do alto valor estratégico, não é provável que as ofertas de preço sejam igualmente altas. Isso porque, mesmo após a reestruturação financeira, operacional e societária feita em 2005, a Brasil Ferrovias ainda apresenta pesado endividamento, além de elevado risco de contingências e muitos problemas operacionais.
Durante a semana passada, os dois candidatos principais usavam estratégias em caminhos opostos. A ALL, que, conforme apurou o Valor, já tinha sua proposta fechada e aprovada pelo conselho de administração no meio da semana, usou sua influência para assegurar que não haveria novo adiamento do prazo para entrega das ofertas. A MRS, ao contrário, tentava ganhar mais tempo, alegando que as informações no `data room` eram insuficientes para avaliar o risco de existência de passivos ocultos. Procuradas, as empresas não quiseram se pronunciar.
Ao entregar sua oferta, na quarta, a ALL tentará levar 100% das ações dos dois corredores. É a sua preferência. Mas a operadora também aceita ficar com o controle de um dos corredores separadamente. Até sexta, a companhia estava preparada enfrentar a disputa sozinha. Mas ainda ocorriam conversas com Copersucar e Bunge em torno de uma eventual associação.
Analistas de mercado vêm com bons olhos a aquisição das novas malhas pela ALL. Felipe Leal, da Merrill Lynch, destaca principalmente o corredor de bitola larga. Ele aponta dois aspectos positivos do negócio: o fato de a Brasil Ferrovias ter um mix de clientes e produto
MRS e ALL fecham propostas para levar a BF
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