Trens atrapalham rotina em Rolândia

PARANÁ – É muito comum encontrar um morador de Rolândia (25 km a oeste de Londrina) que reclame da linha férrea que corta a cidade de leste a oeste. Diariamente, os trens interrompem o trânsito do Centro para carregar, descarregar e fazer manobras justamente nos horários de pico. A interrupção das ruas prejudica principalmente a rotina das pessoas que transitam entre as regiões norte e sul de Rolândia. A primeira é a mais populosa, abriga o 15º Batalhão da Polícia Militar e a única faculdade da cidade. Do outro lado da linha, ficam a prefeitura, a Câmara Municipal, os bancos, algumas escolas, a rodoviária e o Hospital São Rafael.

Segundo o lavador de carros Aparecido Mantovani, normalmente, as composições páram meia hora, mas houve ocasiões em que levaram duas horas para desobstruir os cruzamentos. `Outro dia, um motorista ficou tão nervoso com a espera que deixou sua carreta funcionando e foi dar uma volta. Quando o trem liberou a passagem tiveram que procurá-lo para agilizar o tráfego`, lembra.

Para escapar do congestionamento nas passagens de nível, motoristas e motociclistas aumentam o percurso em cerca de quatro quilômetros quando é possível ou adiantam o horário de saída. Mais ousados, pedestres e ciclistas arriscam suas vidas saltando os engates dos vagões que medem mais de um metro de altura.

Há três meses, a dona-de-casa Marlene Vieira da Silva caiu após `driblar` dois trens parados. `Ela perdeu o equilíbrio quando as composições começaram a se movimentar. Eu vinha atrás e fiquei entre os dois trilhos até que os vagões passassem. Foi um momento de muita tensão`, contou o marido Cícero da Silva, que trabalha como motorista.

O caso mais recente é do fisioterapeuta e ex-vereador José Giuliangeli de Castro, conhecido por Zezinho. Assim como Marlene, ele foi pêgo de surpresa em cima do engate quando caminhava em direção a sua casa, à noite, na véspera do Dia das Mães. Para não cair e ser atropelado pelo trem, Castro agarrou-se a um dos vagões e seguiu até a cidade vizinha de Arapongas, onde foi salvo pela Polícia Militar que interceptou a composição, atrás da Expoara. `Minha sorte foi encontrar o celular no bolso da camisa. Precisei de muito sangue frio em cada movimento, até porque carregava a bengala e várias sacolas`, disse o fisioterapeuta, que é cego há 12 anos.

Na opinião de Zezinho, a solução é a construção de um pontilhão ou passarela sobre os trilhos. `Acho difícil tirarem os trilhos, mas seria importante que, pelo menos, houvesse cancelas e vigias. Isso existia antigamente, mas a prefeitura cortou o serviço`, disse Mantovani, que trabalha a uma quadra da linha férrea, na esquina das avenidas Presidente Vargas e Ailton Rodrigues Alves. Esta última é a continuidade da PR-170 no perímetro urbano e, por isso, concentra grande movimento de ônibus e carretas que vêm do Mato Grosso do Sul e São Paulo. `Para nós, esse congestionamento é motivo de preocupação porque muitos motoristas desviam pelo pátio do posto ameaçando a segurança dos frentistas`, afirmou o lavador de carros.

Além do transtorno e insegurança, Silva acrescenta como problema o barulho causado pelas manobras dos trens. De acordo com ele, isso é muito comum nas madrugadas devido principalmente à redução no tráfego de carros. `A gente acorda e perde o sono`, reclama o motorista, que mora numa rua paralela à linha férrea.

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Fonte: Folha de Londrina

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