Brasil Ferrovias aposta em reestruturação do negócio

A Brasil Ferrovias está em processo de venda de seu controle acionário com o objetivo de alavancar capital para colocar em prática um plano ousado de expansão de seus negócios. Com o processo de reestruturação finalizado em maio de 2005, a companhia foi cindida em duas holdings, que operam dois importantes corredores logísticos para exportação, com 4.500 quilômetros de linhas – a Novoeste Brasil, que percorre os Estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo, e a Nova Brasil Ferrovias, que controla a Ferronorte e a Ferroban, as quais fazem a ligação entre Mato Grosso e São Paulo. Controlada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef) e do Banco do Brasil (Previ), a empresa já conta com 12 interessados na aquisição de participação em seu capital. Desses, os principais são a Companhia Vale do Rio Doce, MRS Logística e ALL Logística.

O acordo de reestruturação financeira, operacional, societária e administrativa concluído em maio pelos acionistas da Brasil Ferrovias incluiu aportes de R$ 375 milhões dos atuais acionistas, novos recursos do BNDES de até R$ 385 milhões, além de conversões de financiamentos e créditos existentes em participação acionária. O BNDES participa apenas da holding Nova Brasil Ferrovias, com quase 50% de seu capital. As novas estruturas societárias e operacionais visaram otimizar a operação das empresas da Brasil Ferrovias, criando um sistema de bitola estreita formado pela Novoeste, com a incorparação do trecho Bauru-Mairinque (SP), desde o Mato Grosso do Sul até o porto de Santos, e outro de bitola larga, reunindo a Ferronorte e a Ferroban, que ligam São Paulo e Mato Grosso também ao porto de Santos.

Entre os resultados esperados da reestruturação figuram o aumento da capacidade de transporte da malha e melhoria da frota, com a perspectiva de dobrar o volume transportado nos próximos três anos, melhoria do acesso ao porto de Santos e reequilíbrio financeiro do negócio, por meio do ajuste dos compromissos financeiros e do serviço da dívida à efetiva geração de caixa das empresas.

No final de outubro, os acionistas da companhia contrataram a Angra Partners, que havia sido responsável pelo desenho do modelo de sua reestruturação, para encontrar um novo sócio ou um comprador. “A reestruturação foi fundamental para que a empresa tenha um novo sócio ou seja alienada”, diz Guilherme Lacerda, presidente do Conselho de Administração da Brasil Ferrovias e presidente da Funcef. Segundo ele, há duas possibilidades: venda total ou parcial, a depender das propostas. “A existência de muitos interessados demonstra o grande potencial atrativo da companhia para viabilizar um bom negócio.” Lacerda lembra que a reestruturação da empresa desfez os gargalos que impediam que ela deslanchasse.

Roger Agnelli, diretor presidente da Companhia Vale do Rio Doce, já manifestou publicamente o interesse da companhia em adquirir a Brasil Ferrovias. “Temos investido bastante em logística nestes últimos anos e a Brasil Ferrovias por si só já interessa a qualquer investidor que atue na área”, afirmou.

Para Elias Nigri, presidente da Brasil Ferrovias, a companhia como um todo “tem uma posição estratégica ímpar no contexto de suporte ao desenvolvimento do país”. O resgate do setor ferroviário no Brasil, diz ele, é fundamental para o crescimento dos setores de siderurgia, mineração e agrícola, cujas cargas são vocação natural das ferrovias.

“Não há como sustentar o crescimento desses setores em cima apenas do transporte rodoviário, um modelo que já se esgotou”, afirma Nigri. “E o número de interessados em investir na Brasil Ferrovias demonstra que o mercado como um todo acredita no potencial do setor e da companhia”, conclui.

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Fonte: Valor Econômico

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