Uma comitiva de 30 moradores da Vila de Paranapiacaba, em Santo André, desceu terça-feira a Cubatão, na Baixada Santista, para participar da 2ªaudiência pública sobre a construção do TCLD (Transportador de Correia de Longa Distância) da MRS Logística. Para concordarem com a obra, que promete agilizar o transporte de minério de ferro até a usina da Cosipa, os moradores apresentaram uma carta reivindicatória à MRS e ao Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente).
Assinado por entidades de representação de diversos segmentos da Vila, como monitores de turismo, comerciantes e moradores em geral, o texto solicita contrapartidas da MRS para o desenvolvimento econômico e social do vilarejo ferroviário. Para os moradores, a retomada das viagens de trens de passageiros entre Paranapiacaba e Rio Grande da Serra e a revitalização e manutenção permanente do patrimônio histórico são compensações essenciais.
O custo de construção da esteira transportadora está estimado em R$ 120 milhões, e a MRS tem a concessão da malha ferroviária por 30 anos, renováveis por mais 30. Com base nos números e no faturamento futuro da companhia, os moradores elegeram as principais reivindicações. A MRS e a Cosipa terão lucro permanente. Por isso, pedimos convênio com a CTPM para subsidiarem permanentemente o custo do trem, de hora em hora, da Vila até Rio Grande da Serra, disse o morador Elias Pereira da Silva.
A população de Paranapiacaba luta para sair do isolamento e, assim, facilitar também o acesso dos turistas. A comunidade, de forma geral, não se coloca contrária a implementação do projeto da MRS. No entanto, os moradores solicitam mais informações técnicas sobre a esteira, como tecnologia e sistema de operação.
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