Empresas investem pesado em ferrovias

A julgar pelos pesados investimentos feitos em 2006, as maiores operadoras de logística do país levam ao pé da letra os preceitos dos especialistas da área, para os quais não se pode nem sonhar em continuar participando do setor sem a determinação de realizar grandes aportes de recursos. As perspectivas de continuidade de inversões para os próximos anos por parte de gigantes como Vale do Rio Doce, ALL e MRS Logística, apenas confirmam isso. No caso específico do segmento ferroviário, os custos fixos de operação são enormes, o que torna a escala uma questão crucial para se obter sucesso.


No horizonte de quatro anos, por exemplo, a MRS estará investindo US$ 1 bilhão. Queremos ter capacidade para transportar 200 milhões de toneladas úteis em 2010, diz Júlio Fontana Neto, presidente da empresa, controlada por gigantes como Vale, Gerdau, Usiminas e CSN, e que tem como artéria central a Ferrovia do Aço, que liga Belo Horizonte (MG) e Barra Mansa (RJ). Nos últimos 10 anos, a MRS investiu cerca R$ 2 bilhões e ampliou em 170% o volume de carga transportada, passando de 42 milhões de toneladas em 1996 para as projetadas 114 milhões neste ano.


Na Vale, por seu lado, os investimentos em logística serão de US$ 785 milhões em 2006, grande parte dos quais no segmento ferroviário. Líder na operação logística no país, com opções diferenciadas de serviços multimodais (mas com as ferrovias participando com cerca de 80% na receita), a Vale havia investido, em 2005, outros US$ 760 milhões.


Também peso pesado, a ALL Logística fez uma grande aquisição este ano. Pagando R$ 1,405 bilhão em ações, comprou a Brasil Ferrovias – reunião das empresas Novoeste, Ferroban e Ferronorte. Seu orçamento prevê que os recursos a serem aportados para gerar lucros dentro de três anos serão de R$ 2,5 bilhões. A operadora tem quase 21 mil quilômetros de trilhos, integrando sua malha no Sul às linhas que ligam estados do Centro-Oeste como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (celeiros agrícolas) e São Paulo, o centro industrial do país. Dona, na Argentina, das ferrovias Meso e Bap, a ALL a única operadora brasileira a ter acesso à América Latina. Entre 1997 e 2005 os investimentos em via permanente, locomotivas, vagões e tecnologia chegaram a R$ 1,1 bilhão. Só em 2005 foram investidos R$ 250 milhões pela ALL e mais de R$ 200 milhões pelos clientes.


O minério de ferro e o aço são as cargas mais movimentadas pelas operadoras, tanto que muitas das inversões dos próximos quatro anos citadas por Fontana, da MRS, estão voltadas para atender essa área. Acho até que pelo sem-número de siderúrgicas e novos investimentos anunciados todo dia nos jornais, nossa previsão de chegar às 200 milhões de toneladas é bastante factível e não um exercício de futurologia, diz. Os investimentos serão na via permanente e na melhoria de produtividade. Um dos focos é trazer o que há de mais moderno em tecnologia para poder fazer circular mais trens no mesmo espaço físico. Mas vamos comprar mais vagões e locomotivas novas porque isso também aumenta a produtividade.


Depois de amargar um período duro de endividamento (quase todo em dólar) após a maxidesvalorização do real de janeiro de 1999, a MRS emergiu em 2005. Para quem chegou a ter um patrimônio líquido negativo, o lucro líquido de R$ 410 milhões exibido em 2005 significa um galardão. A tendência segue neste ano, quando, só no primeiro semestre, o resultado positivo foi de R$ 212 milhões. Apesar da gestão interna eficiente, Fontana admite que sair do fundo do poço foi possível em parte pela crescente demanda internacional por minério de ferro e aço.


Para o horizonte de 2015 ou 2016, o presidente da MRS arrisca que a operadora terá condições de transportar entre 250 e 300 milhões de toneladas úteis, mas acha que estará chegando ao seu limite físico de capacidade. A partir daí teria que pensar na exploração de ferrovias em outros países latino-americanos.


Antes, Fontana diz que será precis

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.
Fonte: Valor Econômico

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0