Otimismo no vermelho
O resultado financeiro da CFN em 2006 deve ficar no vermelho, mas o diretor Comercial da CFN, Ângelo Batista, está otimista. O redirecionamento estratégico e a modernização da gestão iniciados em 2004, além da injeção de recursos do BNDES — cerca de R$ 180 milhões só em 2005 — propiciaram, segundo o executivo, um salto importante nos índices operacionais da empresa. “Temos ainda muito a realizar. Nossa expectativa é alcançar o equilíbrio financeiro em 2007.” Batista acredita que o projeto da Nova Transnordestina, hoje uma realidade com o início das obras no trecho entre Missão velha e Salgueiro, vai alavancar o volume transportado da companhia.
Tito Martins assume logística da Vale
O diretor executivo de Assuntos Corporativos da Vale do Rio Doce, Tito Martins, passou a acumular também a diretoria de Logística. O executivo substituiu Guilherme Laager, que deixou a companhia há duas semanas para assumir a presidência da Nova Varig. Tito Martins ingressou na CVRD em 1985, onde foi diretor do departamento de finanças corporativas entre agosto de 1999 e setembro de 2003, tendo sido também diretor de finanças da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).
MRS 2008
O presidente da MRS, Julio Fontana Neto, prevê para o próximo ano um crescimento de 15% a 20% no volume de carga transportada. “Elaboramos o projeto MRS 2008 que prevê investimentos anuais de aproximadamente R$ 700 milhões na melhoria da operação e na compra de ativos”, disse ele ao comentar as estratégias da companhia para elevar os atuais 115 milhões de toneladas/ano para 179 milhões de toneladas/ano em 2009. Constam dos planos da operadora a aquisição de cinco mil vagões de 132 toneladas até 2008 e 150 locomotivas novas, duplicação de 100 quilômetros de linha, modernização de 12 pátios, substituição do sistema de sinalização e a implantação da correia transportadora.
Mais Ferroanel
A MRS espera contar com investimentos públicos na construção do Ferroanel, que nas palavras do seu presidente, Julio Fontana Neto, trata-se do maior gargalo ferroviário do Brasil. “A MRS investiu na elaboração de um estudo de viabilidade do projeto e estamos aguardando a avaliação do BNDES.”
EFVM reduz acidentes
A Estrada de Ferro Vitória Minas (EFVM) deverá atingir neste ano um índice de acidentes de 5,8 registros por milhão de trem-quilômetro, enquanto no ano passado foram 9,5 acidentes. Para Marcelo Barros, diretor da EFVM, com isso as operações atingem um nível de segurança semelhante ao de empresas de transportes de passageiros norte-americanos, como a Amtrak. No sistema Vale, a Estrada de Ferro Carajás já registra índices semelhantes. Neste ano, a empresa deverá somar apenas 4,8 acidentes por trem-quilômetro. Nos últimos anos, Carajás ampliou a frota em 78% na parte de vagões e 54% na frota de locomotivas, somando 8.599 vagões e 139 locomotivas. Já na EFVM são 19.223 vagões e 279 locomotivas, um crescimento de 42% desde 2002.
Nova sinalização
A EFVM pretende realizar em fevereiro uma licitação para troca de todo o seu sistema de sinalização. A operadora encomendou um estudo sobre o que a sinalização atual pode representar de ganho operacional e até quando. Manoel José Rebello Santana, engenheiro Máster da operadora, informa que a contratação deverá ser imediata. Com mais de 30 anos, o sistema de sinalização da EFVM foi projetado para a um volume de 120 milhões de toneladas/ano e a operadora hoje trabalha a uma capacidade de 136 milhões de toneladas/ano.
Torelli sai da ALL
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