O governo passou para a iniciativa privada a responsabilidade de investir nas ferrovias. O Programa de Aceleração do Crescimento prevê investimentos de R$ 7,86 bilhões no setor até 2010. Do total, a União vai desembolsar só R$ 793 milhões. Os recursos públicos serão destinados a 211 km, enquanto 2.307 km receberão dinheiro da iniciativa privada, segundo o plano anunciado para destravar a economia.
A construção da Ferrovia Norte-Sul entre Araguaína e Palmas, TO, será feita com dinheiro público. As obras na região Nordeste que receberão verbas da União são o contorno de São Félix e Cachoeira e a variante Camaçari-Aratu (BA). A Ferrovia Nova Transnordestina (passará por Ceará, Paraíba e Pernambuco) terá investimentos privados e financiamento público. Para o Rio, o programa prevê a adequação da linha férrea existente no perímetro urbano de Barra Mansa. Em São Paulo, serão construídos, se os investimentos saírem do papel, o contorno ferroviário de Araraquara e o Tramo Norte do Ferroanel. A iniciativa privada será a responsável pela principal obra do setor na região Sul: a ampliação da capacidade do corredor do Oeste do Paraná. Já a União construirá o contorno de São Francisco do Sul e Joinville, em Santa Catarina. No Centro-Oeste, os investimentos serão privados. O trecho da Ferrovia Norte-Sul entre Anápolis e Uruaçu, em Goiás, será alvo de concessão. Na construção da Ferronorte entre Alto Araguaia e Rondonópolis, em Mato Grosso, a iniciativa privada receberá financiamento do BNDES.
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