Os editais para a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste serão lançados hoje (26), em Ilhéus (BA), pelo presidente Lula. Com a extensão total de 1.527 km, quando concluída, a ferrovia ligará as cidades de Ilhéus (BA), Caetité (BA) e Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), formando um corredor de transporte que otimizará a operação do Porto-Sul, na Ponta da Tulha, em Ilhéus, e ainda abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e pela Estrada de Ferro Carajás.
A expectativa é que na segunda-feira (29) os documentos estejam disponiveis no site da Valec, estatal para projetos ferroviários do governo federal.
Na última segunda-feira (22), o Ibama concedeu a licença prévia para o projeto, o que permitiu a abertura da licitação. Agora o governo aguarda a licença de instalação (LI) para iniciar as desapropriações necessárias.
A implantação da ferrovia será feita em três etapas, e o início das obras está previsto para julho de 2010.
O primeiro trecho será entre Ilhéus e Caetité, ambas na Bahia, com 530 km, cuja construção deverá ser concluída no primeiro semestre de 2011. O segundo trecho ligará as cidades de Caetité, Barreiras e São Desidério, todas na Bahia, com 413 km, com finalização prevista para o primeiro semestre de 2012. O terceiro e último trecho terá 547 km e ligará Barreiras e São Desidério, (ambas na BA) à Figueirópolis (TO). A previsão é que a última etapa seja concluída no final de 2012.
Entre os benefícios previstos para o estado da Bahia com a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, estão a redução de custos do transporte de insumos e produtos diversos, o aumento da competitividade dos produtos do agronegócio e a possibilidade de implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando sua conexão com a malha ferroviária nacional.
Por outro lado, a ferrovia promoverá a dinamização das economias locais, alavancando novos empreendimentos na região, com aumento da arrecadação de impostos, além da geração 23 mil empregos diretos.
A ferrovia deve fomentar ainda mais o desenvolvimento agrícola da região oeste do estado, cuja previsão é de uma produção de 6,7 milhões de toneladas em 2015, segundo informações do ministério dos Transportes. Os principais produtos a serem transportados são soja, farelo de soja e milho, além de fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.
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