A prefeitura e o governo do Estado decidiram instalar um grupo de trabalho (GT) para definir como será feita a operação do metrô de Salvador. Entre as possibilidades, está a licitação à iniciativa privada ou um convênio com o governo federal, conforme foi discutido em reunião na tarde de segunda-feira, 22, entre o governador Jaques Wagner (PT), o prefeito João Henrique (PMDB) e o vice-prefeito Edvaldo Brito (PTB), na sede da Governadoria, no CAB.
O prefeito João Henrique já havia declarado que a prefeitura não dispõe de recursos para bancar o funcionamento do metrô. Por seu lado, o governador Jaques Wagner, tem se mostrado aberto à possibilidade de o Estado contribuir financeiramente com a operação dos trens.
Segundo o prefeito, o governador Jaques Wagner irá conversar sobre o assunto com o ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP).
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Custo – Após 11 anos de obras, e há três meses de perder a garantia de fábrica dos trens, a prefeitura não sabe – ou não divulga – qual o custo estimado para a operação do metrô. Segundo o prefeito João Henrique, definir este valor será uma das tarefas do grupo de trabalho que deve visitar outros metrôs do Brasil.
Segundo o vice-prefeito, o GT deve concluir o estudo em 30 dias. Mas a prefeitura não dá prazo para o uso do metrô pela população. “Fica muito difícil você dar um prazo, quando há quatro esferas envolvidas: prefeitura, Estado, União e iniciativa privada, se for licitado”, justifica o prefeito João Henrique.
Irão compor o GT o vice-prefeito e o secretário municipal de Transportes e Infraestrutura, Euvaldo Jorge, pela prefeitura, e o secretário estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Cícero Monteiro, e o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Milton Villas-Bôas, representando o Estado.
As obras do metrô começaram em 1999, com previsão de conclusão em 40 meses e custo de R$ 325 milhões, para 12 km de trilhos. Mas os atuais 6,5 km já custaram mais de R$ 800 milhões.
Seja o primeiro a comentar