Os investimentos em curso por parte das concessionárias e projetos do governo federal deverão reduzir os gargalos, além de expandir a malha ferroviária brasileira nos próximos anos. Entre os estados que deverão ser beneficiados pela melhoria está Minas Gerais.
Um dos projetos que deverão colaborar para a melhoria do transporte ferroviário no Estado está a transposição de Belo Horizonte, conforme destacou o diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça. O empreendimento deverá consumir aportes de aproximadamente R$ 300 milhões e será feito pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale S/A.
O projeto prevê melhorias e a eliminação de passagens de nível no trecho compreendido entre os bairros Horto, na região Leste da Capital, e General Carneiro, em Sabará (RMBH). As obras foram viabilizadas após acordo entre a Vale e o Ministério dos Transportes.
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Conforme o diretor, as concessionárias investiram aproximadamente R$ 30 bilhões nas ferrovias brasileiras desde a privatização. “Minas Gerais recebeu uma parte expressiva dos aportes”, afirmou sem revelar os números. Vilaça destacou que as vias férreas no Estado são centenárias e a geografia da região dificulta os investimentos na modernização da malha.
Apesar disso, as concessionárias investem em novas tecnologias para dar maior velocidade operacional. A Vale, por exemplo, realizou aportes da ordem de R$ 60 milhões na implantação do sistema “Helper Dinâmico” na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e Carajás.
Com a tecnologia a locomotiva se acopla ao trem em movimento, auxiliando nas operações ferroviárias em aclives sem a necessidade de parar a composição. Estima-se ganho de até 5% no consumo de combustível na operação, conforme informações da companhia.
Além dos investimentos privados, o governo federal pretende ampliar a malha dos atuais 29 mil quilômetros para 40 mil quilômetros até 2020.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, os investimentos previstos, tanto públicos quanto privados, deverão impulsionar o setor. “Nesta década deveremos atingir o recorde histórico de produção de 40 mil vagões produzidos”, disse.
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