FCA e LLX negociam ferrovia de R$ 1,67 bi

A Vale e a EBX estão retomando o projeto de construção de uma ferrovia em bitola larga no litoral do Rio de Janeiro com investimentos de R$ 1,67 bilhão. As negociações são complexas e envolvem a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), controlada pela Vale, e a LLX, empresa de logística da EBX. O Estado do Rio e o governo federal também participam das tratativas, que entram em fase de definição. A obra prevê a adequação de trechos existentes e a construção de partes novas.


O Corredor do Norte Fluminense, como o projeto vem sendo chamado, terá 348 quilômetros entre Ambaí, na região metropolitana do Rio, e o porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado, projeto da LLX. Em um cenário otimista, quando estiver operacional, a partir de 2016, a ferrovia poderia transportar 18,9 milhões de toneladas por ano, incluindo minério de ferro, carvão, produtos siderúrgicos e petroquímicos.


A LLX é a maior interessada no projeto, uma vez que a ferrovia será um pilar para o desenvolvimento do complexo industrial do Açu, onde está prevista a instalação de várias empresas. A decisão de fazer [a ferrovia] está tomada e há convergência de interesses, disse Otávio Lazcano, presidente da LLX.


A FCA também tem interesse em tornar viável um corredor logístico na região, com o desenvolvimento de novas cargas, uma vez que a empresa é a concessionária de grande parte do trecho onde se pretende construir a nova ferrovia. Esse trecho da FCA está subutilizado. Mas a negociação não é simples, apesar de as duas empresas terem assinado dois memorandos de entendimento. O primeiro foi acertado em agosto de 2011 para desenvolver estudo de viabilidade técnica e econômica. O segundo acordo foi celebrado no fim de abril, quando a presidente Dilma Rousseff visitou o porto do Açu.


Pablo de la Quintana, diretor de desenvolvimento da LLX, disse que o segundo memorando vai aprofundar os estudos. Em três meses, poderão estar definidos os termos de referência para se chegar a um projeto detalhado e à melhor forma de licenciar a ferrovia, previu. Um dos trabalhos é refinar o investimento, que poderia ser 30% maior do que a estimativa inicial e chegar a R$ 2,17 bilhões. A prerrogativa de licenciar ferrovias é do Ibama, mas como o projeto está dentro das divisas do Rio o licenciamento poderia ser estadual.


A partir de agora, a expectativa é assinar um protocolo de intenções mais amplo entre setor privado, Estado do Rio e União. Os termos desse novo acordo devem ser submetidos de forma prévia ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Com o aval de Passos, o protocolo seria assinado e se daria continuidade ao estudo de viabilidade técnica e econômica. Em paralelo, deve ser aprofundada a discussão sobre o modelo institucional da ferrovia. Por enquanto, não está claro quem iria investir no projeto, quem seria o gestor da malha e quem iria operar os trens.


A LLX garante demanda de carga, mas não deve investir no projeto. Uma possibilidade é que a FCA possa investir, mas isso passa por discussões da concessionária com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) sobre termos de ajustamento de conduta (TACs) vencidos. A FCA poderia realizar investimentos na nova malha ferroviária do Rio como forma de compensar esses TACs. Um empecilho para a FCA investir pode ser o vencimento de sua concessão em 2027, prazo que seria insuficiente para retomar o investimento na nova malha. A LLX estima retorno de 12% ao ano para os acionistas com a operação da nova ferrovia.


Outro cenário poderia ser uma licitação para subconcessão da nova ferrovia no Rio por parte da Valec, empresa ligada ao Ministério dos Transportes. A Valec é concessionária da Estrada de Ferro 354, que tem trecho paralelo ao da FCA no Rio. O presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, descartou essa hipótese: A Valec espera que a iniciativa privada aporte os recursos para a ligação em bitola larga ao Açu.


A FCA afirmou que os estudos desenvolvidos com a LLX consideram a análise da ferrovia em bitola larga e métrica. A adoção por um modelo ou outro dependerá de análise econômica e financeira. O governo do Rio e a LLX falam só em bitola larga, importante para ligar a nova ferrovia à malha da MRS. A MRS afirmou que acompanha as negociações e tem interesse em participar da operação da nova malha.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*