As ferrovias são a única saída para manter a competitividade e trazer novos investimentos para o estado. A afirmação da Fiesc se refere a um estudo, que deve ser licitado em maio para viabilizar a ferrovia da integração, que ligaria o oeste ao porto de Itajaí. O estudo de outras duas ferrovias em Santa Catarina já está em andamento. A previsão é que as obras comecem em 2014.
Cooperativa de Chapecó traz de outros estados 2 mil carretas de milho e 500 carretas de soja todos os meses. Os grãos são a base da alimentação das aves e suínos produzidos na região. “Antes buscávamos milho no Paraná e no Mato Grosso do Sul. Mas estamos pensando em buscar no Mato Grosso”, explica o vice-presidente de agronegócio da Fiesc, Mario Lanznaster.
O preço da saca de milho é de R$12, mas chega a Santa Catarina custando praticamente o dobro, o que encarece a produção no estado e compromete a competitividade. Os produtores do Oeste também enfrentam a dificuldade de despachar produtos da região. Todos os dias são enviados pelo menos 100 contêineres de carne para o Porto de Itajaí, sem contar outros produtos industrializados da região.
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A ferrovia da integração vai cortar o estado. A ferrovia vai iniciar em Dionísio Cerqueira, passar por São Miguel do Oeste, Chapecó, Herval d´Oeste, Santa Cecília, até o Porto de Itajaí. O estudo de viabilidade da obra será licitado em maio, e a vencedora da licitação terá um ano para encerrar o trabalho.
“A ferrovia mantém as atividades econômicas, as empresas, e atrai novos investimentos, pois é fundamental como indutora do desenvolvimento econômico e social. E as ferrovias ajudam a melhorar a situação das estradas e rodovias”, explica Pedro Uzcai, presidente da frente parlamentar das ferrovias.
“É pra ontem. É por isso que o empresariado está pedindo. Não importa se vão fazer por concessão ou privatização, importa que façam”, explica Mario Lanznaster.
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