Trabalhadores que fazem o serviço de segurança na Estrada de Ferro do Amapá (EFA) cobram da empresa Zamin Mineração dois meses de salários atrasados. Eles ameaçam interditar a ferrovia usada para escoar minério entre os municípios de Pedra Banca do Amapari, Serra do Navio e Santana. Ao menos 34 funcionários dependem do dinheiro, segundo a associação contratada pela mineradora para fazer o serviço.
O serviço de segurança na ferrovia do Amapá é realizado por trabalhadores terceirizados. Eles são contratados pela associação de moradores que vivem à margem dos trilhos, em Santana, a 17 quilômetros de Macapá. O repasse mensal para efetuar o pagamento dos salários dos funcionários é de R$ 50 mil. O G1 entrou em contato com a mineradora, mas não houve resposta até o fechamento desta matéria.
Essa é a segunda vez que os trabalhadores enfrentam problema com a mineradora por causa de salários atrasados. Em junho os funcionários chegaram a fechar a ferrovia. Eles não recebiam salários havia dois meses.
O presidente da associação dos trabalhadores, Jair Santana, informou que a empresa diz que os atrasos nos repasses ocorrem por inviabilidade financeira. “Ela [empresa] diz que não tem dinheiro, tanto que forçou a gente a demitir 14 funcionários. Mas ainda não demos baixa na carteira de trabalho porque precisamos do dinheiro para pagar os direitos trabalhistas dessas pessoas”, afirmou.
Há possibilidade, segundo Santana, de uma nova interdição de trechos da Estrada de Ferro do Amapá.
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